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O ministro da Educação, Camilo Santana, principal responsável pelo vexame do Enem 2023.
O ministro da Educação, Camilo Santana, principal responsável pelo vexame do Enem 2023.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Nos meus tempos de escola, quando alguém não sabia a resposta para alguma pergunta, usava a estratégia de “colar” a de algum colega. Obviamente, trata-se de uma estratégia muito mais antiga do que apenas ao tempo da minha juventude. Era um processo simples, que dependia de alguma sorte. Ao que parece, os responsáveis pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tentaram colar de alguém, e ainda erraram no gabarito. Resultado: uma vergonha.

Não há o que se defender no que foi exposto aos nossos estudantes no último domingo, em todo o país. A prova não é polêmica, nem as questões foram mal formuladas. O que existiu ali foi a mais sincera arte de desconstruir a verdade de todo um setor. Mais que isso, imbecilizar uma nação a troco de ver sua base eleitoral aplaudir o ridículo.

Os governos passam, acreditem. Podem durar 4, 8, 20 anos, mas passam. O aprendizado fica para sempre. Por isso que custa tão caro – seja no sentido financeiro, no valor para sua vida, enfim. E esse deveria ser o foco do atual governo: apresentar condições para que nossas crianças e, no caso concreto, nossos adolescentes, possam se transformar em homens e mulheres com condições de discernimento.

Mas o governo PT fez o contrário. Optou pela mediocridade, pelo raso. Olhou para o lado, tinha a resposta certa, e colou errado do colega. E, vejam só, para surpresa de ninguém, especialmente nas questões referentes ao agro brasileiro. Houve outros absurdos na prova, diga-se. Não cansam de errar, e pior, sem um pingo de autocrítica ou de arrependimento.

Imbecilizar uma nação a troco de ver sua base eleitoral aplaudir o ridículo

É método. Está mais do que provado. Evidente que tudo aquilo escrito na prova foi ratificado durante a semana. Inclusive, comemorado por alguns vermelhos. Nós, que conhecemos a verdade do setor produtivo brasileiro, sabemos que este é o único país cujo próprio governo propaga desinformação sobre a principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos.

Três questões do Enem com afirmações subjetivas, de cunho pejorativo contra o agro brasileiro, os produtores rurais e, principalmente, o povo da região Centro-Oeste, mas que apontavam o dedo da cruel narrativa falaciosa para cada produtor rural brasileiro.

Os “gênios” responsáveis pela prova utilizam o negacionismo científico que eles tanto atribuíam àqueles que não defendem a narrativa petista. Uma guerra que eles decidiram manter desde que assumiram o poder. Fizeram de nós, do agro, seu alvo preferencial. Nós, que levamos a segurança alimentar ao nosso país e ao mundo, ao alimentarmos um bilhão de pessoas, através do esforço de pequenos, médios e grandes produtores.

Por isso, pedimos a convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para que ele explique mais esse erro. Ele irá à Câmara dos Deputados para explicar esse novo “erro” do governo, que tenta forçar quase 4 milhões de estudantes a acreditarem que, para estar “certo”, é preciso dizer que o “errado” é o agro. É, no mínimo, uma grande irresponsabilidade.

Que fique muito claro mais uma vez: somos um só e não aceitamos a divisão daqueles que querem alimentar a guerra de narrativas no país. Não admitimos mentiras para estimular palanque de ódio. E não aceitaremos calados quando tentam jogar a população brasileira contra o agro brasileiro.

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima
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