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Modernidade, competitividade e a verdade sobre os pesticidas
| Foto: Agência Brasil

Neste momento em que a segurança alimentar e o desenvolvimento da agropecuária são fundamentais para o Brasil, é nosso dever esclarecer a verdade sobre o Projeto de Lei nº 1459/2022, e desmascarar falsas narrativas que têm circulado a respeito do tema dos pesticidas.

Termos como “PL do veneno”, ou mesmo “agro-tóxico” são amplamente difundidos por opositores do projeto, jornalistas e ambientalistas mal-informados para, erroneamente, designar os defensivos agrícolas.

Você já leu, escreveu ou falou “agrotóxico” sem perceber como é pejorativo? Se sim, você foi alvo de uma narrativa falsa.

Costumamos chamar os defensivos ou pesticidas agrícolas de “remédios” das plantas. O objetivo de seu uso é evitar que as pragas destruam a plantação e atrapalhem o trabalho dos produtores rurais.

Nessa linha, o projeto de lei 1459/2022 é um marco importante na busca pela modernização da agropecuária brasileira.

O objetivo dele nada mais é do que modernizar o setor de licenciamento de defensivos agrícolas. Os produtores rurais precisam de moléculas modernas, que vão permitir menos aplicações, com a adoção de tecnologias inovadoras e mais eficientes para o controle de pragas e doenças na lavoura.

O projeto contribui diretamente para o aumento da produtividade e a garantia da segurança alimentar em nosso país. Coloca o Brasil em sintonia com as melhores práticas internacionais, permitindo-nos competir em pé de igualdade com outras nações.

Você já leu, escreveu ou falou “agrotóxico” sem perceber como é pejorativo? Se sim, você foi alvo de uma narrativa falsa

Mas essa iniciativa positiva para o agro brasileiro enfrenta uma guerra de narrativas.

Os contrários ao projeto usam argumentos vazios. Um deles: “o Brasil consome mais de um milhão de toneladas de agrotóxicos por ano, o maior consumidor global do insumo”.

Essa frase considera apenas números brutos. Mas deixa de lado a área agrícola, o volume de produção e o clima do país.

Temos mais de 70 milhões de hectares destinados à agricultura. Assim, são 14kg por hectare, que tem a medida de um campo de futebol.

Se ainda parece alto, saiba que é um valor menor do que o de nações como França, Japão e Estados Unidos.

Outro ponto importante é que nossa produção agropecuária, para este ano, é estimada em cerca de 315 milhões de toneladas. Num país onde temos o equivalente a duas safras e meia, é natural que o consumo tenha números aparentemente elevados, mas diluídos pelo tamanho de nossa produção.

Você talvez tenha ouvido também que “cada brasileiro ingere 5 litros de agrotóxicos por ano”. Mais uma narrativa mentirosa.

Esse número vem de uma divisão da quantidade de pesticida total empregada no país, pelo total de habitantes do Brasil.

Só não contam que nem toda a extensão da planta que recebe o defensivo é comestível, que boa parte dos produtos são empregados em cultivos não-comestíveis como o algodão, e que boa parte dos ingredientes do pesticida aplicado na lavoura se degrada com o tempo, muito antes de chegar à mesa do consumidor.

Para difundir tais narrativas falsas, são empregados veículos de comunicação e pessoas famosas que usam suas plataformas midiáticas (TV, rádio) além das redes sociais para disseminar informações infundadas.

E contam, sempre, com a complacência da esquerda brasileira, e com nosso veemente repúdio.

Mesmo assim, conseguimos aprovar o PL 1459/2022 no ano passado, na Câmara dos Deputados, após 20 anos de discussões. A proposta está no Senado Federal.

Que fique claro: o que queremos é simplificação do sistema de registro de produtos para conseguirmos ter moléculas mais modernas, mais atuais, menos danosas para saúde e o ambiente.

Eu vi produtos nos Estados Unidos que estão dez anos na nossa frente. Alguns, o setor produtivo tenta licenciar aqui no Brasil, mas que já são obsoletos para os americanos.

Essa situação obriga ao uso de produtos atrasados. Faz com que o país perca competitividade. Estimula o contrabando de produtos do Paraguai, por exemplo, de qualidade duvidosa. Sem contar que o produtor, que tem na compra do pesticida um dos seus maiores custos na produção, onera ainda mais o seu negócio.

A flexibilidade proporcionada pelo projeto permitirá o acesso a pesticidas mais eficazes e seletivos. E, convenhamos, alguém acha que o Brasil exportaria para mais de 200 mercados ao redor do mundo se nossos produtos fossem de qualidade duvidosa?

Moléculas e produtos mais modernos significam maior eficiência, menos aplicações, menor quantidade de resíduos, e melhor para a saúde humana e para o meio ambiente.

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima
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