O brasileiro mostrou, mais uma vez, o poder que possui para se reerguer na dificuldade. Mais que isso, provou ser capaz de levantar todo um estado. A união do Brasil pelo Rio Grande do Sul emociona, pois evidencia que, mesmo na limitação, o povo multiplica a generosidade.
Assim fez o setor agropecuário brasileiro, cruelmente atingido pela tragédia das chuvas, que ainda impactará a vida dos produtores rurais por muitos anos. Mesmo assim, o segmento se uniu para amenizar o sofrimento dos irmãos gaúchos através do Agro Fraterno, um movimento solidário formado por diversas entidades do Instituto Pensar Agro (IPA), com o objetivo de auxiliar famílias e populações impactadas por crises e tragédias.
Comprometido com a causa humanitária, o Agro Fraterno busca compilar e divulgar suporte e esperança às comunidades afetadas, fortalecendo os laços de solidariedade e empatia do setor agropecuário em momentos de adversidade. O programa é voltado para a participação voluntária de produtores rurais, empresas, sindicatos, entidades ligadas ao setor e todos que desejarem colaborar. E isso é o que traz ainda mais alento aos corações, pois a participação da população tem sido intensa.
Desde o lançamento da plataforma com o intuito de auxiliar na tragédia do Rio Grande do Sul, na última terça-feira (14), tivemos doações de R$ 50 milhões do fundo dos produtores rurais do Mato Grosso, R$ 2 milhões da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), R$ 70 mil de associações de São Paulo e Paraná e outros R$ 48 mil de Goiás. Isso sem contar as roupas, alimentos e litros de água destinados ao sul do país.
A união do Brasil pelo Rio Grande do Sul emociona, pois evidencia que, mesmo na limitação, o povo multiplica a generosidade
Na mesma esteira, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem direcionado os esforços legislativos para incluir ações importantes que visam diminuir a crise e auxiliar na tragédia. A Medida Provisória 1216/2024, editada pelo Governo Federal, apresenta pontos positivos e qualquer medida de auxílio ao Rio Grande do Sul é bem-vinda. Contudo, ela possui alguns aspectos que precisam de revisão.
Entre as medidas necessárias, destacam-se a suspensão imediata dos pagamentos de parcelas de crédito rural, a renegociação de dívidas de custeio, investimentos e de renegociações anteriores, com prazo de até 15 anos, incluindo três anos de carência, a liberação imediata de recursos emergenciais para apoiar os produtores rurais afetados (auxílios, benefícios sociais, FGTS) e o desenvolvimento e implementação de uma política de seguro rural que ofereça segurança adequada em eventos climáticos extremos, garantindo a renda dos produtores atingidos e a continuidade das atividades desenvolvidas.
É oportuno, ainda, que possamos olhar para o empenho de recursos do Sistema Financeiro da Habitação na reconstrução de moradias rurais atingidas por eventos climáticos extremos. Uma linha de crédito rural extraordinária que viabilize a retomada das atividades rurais atingidas, bem como garanta capital de giro para os produtores rurais. Ou mesmo um programa de renegociação de crédito rural não bancário, que assegure a suspensão imediata de pagamentos, com juros equalizados por recursos de fundo compatível ou do Tesouro Nacional.
Todos esses pedidos acima citados, feitos e reforçados pela FPA.
O momento é de união em prol da reconstrução do forte Rio Grande. O sul precisa do agro e do Brasil. Estamos juntos por uma só bandeira.
O agro é gaúcho!
Acesse o site do Agro Fraterno
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