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Cinema na Praça: a ocupação continua
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Curitiba, que pasa? Na nova onda de ocupar e viver a cidade, mais um evento a céu aberto acontece daqui a pouco, aumentando o coro de projetos culturais que fazem as pessoas saírem de casa com um propósito que não seja trabalhar ou pagar contas.

Daniel Castellano/Gazeta do Povo
A Praça é nossa.

O Cinema na Praça, promovido pelo Sesc Paço da Liberdade, ganha a Praça Generoso Marques a partir das 20 horas com o divertido filme Vou Rifar Meu Coração, documentário sobre a música brega no Brasil. Amanhã é a vez de Futuro do Pretérito – Tropicalismo Now, que fala sobre a Tropicália com olhares atualizados. E, na sexta, do extraordinário As Canções, filme de Eduardo Coutinho, o cronista do cinema que dispensa apresentações — este é inédito em Curitiba.

E é tudo de graça, vale lembrar. Serão 150 cadeiras (mais os lugares vips nos banquinhos de madeira) e uma tela de 350 polegadas. O projeto foi de Aristeu Araújo, cineasta e técnico de atividades do Sesc Paço da Liberdade.

“A ideia surgiu para democratizar mesmo. Fazer com que mais pessoas tenham o contato com o cinema”, conta Aristeu, que ontem, durante a instalação dos equipamentos, passou o dia dando explicações a curiosos, provavelmente o público espontâneo de hoje. “Fiquei a tarde inteira respondendo as pessoas, que perguntavam o que era aquilo, e até se surpreendiam. É uma demanda reprimida.”

O único porém é a chuva. Se cair um pé d’água daqueles, a sessão é cancelada. Se for uma chuva de verão, rápida, o baile segue.

O Cinema na Praça faz parte de um grande sintoma visível em Curitiba há alguns anos. Eventos como a Quadra Cultural, a Virada Cultural, o pré-carnaval, o réveillon fora de época e até o Natal no Paço são como soldados lutando contra um inimigo invisível e cruel: o esvaziamento da cidade, principalmente no Centro, e todas as suas consequências.

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