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(Foto: Marcela Belz)
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O ano vai embora, e as boas surpresas musicais de 2013, ao contrário, parecem não querer acabar. Dessa vez é algo muito simples, como naqueles tempos de soltar pipa na rua, de pescar lambari no rio, de ouvir Belarmino e Gabriela no rádio aos domingos de manhã.

Os Irmãos Carrilho, que não são irmãos, têm à sua disposição voz, violão e uma nostalgia intrínseca, que bebe da música caipira brasileira e do verdadeiro folk norte-americano.

(Foto: Marcela Belz)

(Foto: Marcela Belz)

Alexandre Provensi e Matheus Godoy, de 21 e 22 anos respectivamente, ajudavam a formar a banda Plexo Solar. E aí, num dia qualquer, arranjaram algumas das músicas somente em formato acústico, “numa pegada um pouco diferente.” O projeto ganhou forma e surgiram os vídeos na internet – alguns estão logo abaixo, não deixe de ver e ouvir.

A estética e o visual também são elementos importantes. Alexandre e Matheus parecem ter saído de um brechó que toca Mumford & Sons no repeat. Tudo isso junto resulta num produto com carimbo de autenticidade, interessante mesmo.

Abaixo, uma entrevista com a dupla — que está mais para Don & Phil (The Everly Brothers) do que para Liam & Noel ou Chitãozinho & Xororó. Eles tocam no próximo domingo (17), na “despedida” do sebo Raridades, ali na Rua dos Chorões, em Curitiba.

Como e quando a dupla começou? Vocês já tocavam em outras bandas?

Começamos a dupla faz uns 4 meses. Já tínhamos uma banda juntos, chamada Plexo Solar, mas decidimos arranjar algumas composições apenas com violões e vozes, numa pegada um pouco diferente.

E a escolha por essa sonoridade meio anacrônica, como surgiu?

Não é uma escolha propositadamente anacrônica, acho, mas sim uma tentativa de criar algo diferente dentro dos estilos que realmente gostamos. Tem muito som por aí que se diz influenciado por folk e na verdade é apenas um “pop” acústico.

Duplas caipiras antigas fizeram parte das suas influências? Como tiveram contato com esse tipo de sonoridade?

Meu avô sempre foi muito ligado a musica sertaneja de raiz, inclusive não escuta nada além disso e é um violonista muito competente nesse estilo. Na época em que comecei a tocar violão, em toda visita à casa dos meus avôs ele me fazia tocar algumas das suas músicas preferidas (geralmente Cascatinha e Inhana ou Tonico e Tinoco). Ele me influenciou tanto que uma das músicas que tocamos quem fez a melodia principal da voz foi ele.

Altamiro Carrilho é da família?

Quem dera!  Gostamos muito do trabalho desse mestre, mas o nome foi coincidência mesmo.

Como o som de vocês vem sendo recebido em Curitiba?

Por enquanto fizemos poucos shows, mas estamos gostando bastante do resultado. Parece que estamos conseguindo passar aquilo que queríamos e mostrar nossas influências e composições.

Enquanto irmãos, vocês estão mais para Liam e Noel Gallagher ou Chitãozinho & Xororó?

Phil e Dom Everly!

Pretendem lançar EP ou álbum?

Estamos finalizando nosso primeiro single, produzido pelo Leonardo Montenegro e gravado no estúdio Gramofone, do Alvaro Ramos. Serão duas músicas, chamadas “No Tempo que Passou” e “Vida, Vida, Vida”. A capa ficou por conta do Mário de Alencar, um cara que admiramos muito!

Há shows marcados?

Vamos tocar no dia 17 de novembro na Raridade Livros e Discos e no dia 24 na Chicken House, ali na Paula Gomes. Também temos uma apresentação marcada para o dia 7 de dezembro no Teatro SESI de São José dos Pinhais.

 

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