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Jr. Tostoi irá produzir disco da Supercolor. Leia entrevista
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Jr. Tostoi foi o cara pro trás de Labiata (2009), álbum que deu óculos engajados e bucólicos a Lenine, e que de que quebra venceu o Prêmio de Música Brasileira de 2009 — o antigo prêmio TIM.

O produtor, que também já trabalhou com Fernanda Abreu e Pedro Luís, será o cara que irá subir e descer botões para a curitibana Supercolor. É que a banda formada por Igor Cordeiro (voz e guitarra), Rick Pacheco (guitarra), Vitor Miranda (baixo), Well Marques (bateria), Will Robson (trombone) e Oscar Costa (trompete) entra em estúdio nos próximos dias para gravar seu primeiro álbum.


O disco cheio sucede o EP Não Vou Deixar Você Cair, lançado em 2010 e produzido por Xandão, guitarrista e vocalista d’O Rappa. Naquela época, a sonoridade do grupo mesclava música brasileira “comportada” com elementos do rock urbano e contemporâneo, com influências que iam de Fishbone a Tim Maia.

Em entrevista, a banda afirma, porém, que “música latina” e “valsa” também podem despertar inspiração a partir de agora.

Para lembrar: a Supercolor existe há pouco mais de dois anos, e já tocou em festivais e eventos, como Lupaluna, Virada Cultural, Quadra Cultural e Grito Rock, dividindo o palco com Odair José (!), O Rappa, Paralamas do Sucesso e a ótima Pública (RS).

Lá embaixo você confere a apresentação ao vivo de “Dose” no Lupaluna 2011.

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Depois do EP, agora a notícia de um disco completo, com produção de J. Tostoi. O que esperar desse álbum?
Será um disco todo de inéditas. Tivemos que escolher, com dor no coração, 10 entre 14 músicas. Trata-se de um disco em que a canção comanda. Retrata o cotidiano de pessoas comuns, independente de classe ou status social. Acredito que teremos um diálogo muito sincero e até confidencial com o ouvinte. Sabe aquele amigo que te acompanha por aí? É mais ou menos por esse mundo que a gente passeia.

E em relação à sonoridade? A pegada de música brasileira + rock continua?
Ela também tá lá, mas ao longo desses dois anos tocando em Curitiba e em outras cidades, tivemos um amadurecimento natural das nossas escolhas.A Supercolor não têm muito compromisso com estilos musicais, a gente procura ter a cara Supercolor em cada música, mas ela pode surgir de um rock, de música latina ou mesmo de valsa.

Como entraram em contato com o Tostoi? Ele já conhecia a banda?
Vínhamos trabalhando os novos arranjos em ensaio e procurando um nome que pudesse somar ao que estávamos fazendo. Descobrimos por acaso que todo mundo da banda era fã das produções e guitarras do Tostoi. Então procuramos o contato dele e mandamos as músicas de um ensaio para falarmos do nosso interesse em tê-lo como produtor. Uma hora após enviar ele respondeu que tinha gostado muito e que estava dentro do projeto. Conheceu a gente naquele momento. Sentimos naquela hora que estávamos no caminho certo e que temos um bom material para apresentar pro nosso público.

Recentemente vocês participaram de vários festivais e eventos na cidade. Tocaram bastante. Acha que a sonoridade da Supercolor combina com Curitiba?
Creio que sim. Combina com essa nova Curitiba que participa dos eventos de rua, que lota a Virada Cultural, a Quadra Cultural, o Grito do Rock e tantos eventos bacanas que a cidade tem feito. Quem tem sede de conhecer coisas novas e se divertir. Acho que passamos a fase de dizer que o curitibano só gosta de rock indie, a recepção aos nossos shows tem sido incríveis. O cenário autoral vive uma fase ótima. Estamos muito felizes pela banda ter nascido aqui.

A cidade completa 319 anos em breve. Qual o melhor presente que a música local poderia receber?
Eu acredito que a possibilidade de chegarmos a pessoas que não conhecem a música feita aqui. Ampliarmos a abrangência de comunicação entre as bandas e pessoas. Entre universidades e centros universitários são mais de 50 na cidade, e certamente uma porcentagem muito pequena dessas pessoas e da população local conhece bandas excelentes daqui — isso para dar apenas um exemplo. As rádios, internet e tevê têm um papel fundamental nesse processo. Mas vejo as coisas andarem para frente e acredito que grandes empresas e meios de comunicação, dia após dia, estão começando a entender que temos muita gente boa fazendo música em Curitiba.

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