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Não é heavy metal e não tem drama nenhum (Foto: Camila Cornelsen).
Não é heavy metal e não tem drama nenhum (Foto: Camila Cornelsen).| Foto:

O Pista 1 retorna de férias em clima ambíguo, entre a nostalgia e a novidade. Pois já bate a saudade dos poucos, mas bons shows que vi na Holanda. Teve Beck em Amsterdã (!) com a bonita e soturna apresentação de Morning Phase, seu último e excepcional disco; e, surpresa das boas, foi conhecer o Woodsman, em Eindhoven. A banda de Nova York propõe um pós-rock contundente e quase matemático. O terceiro álbum dos caras, homônimo, foi recém-lançado e pode ser ouvido aqui embaixo:

Enquanto isso, em Curitiba… dois lançamentos de setembro merecem atenção. A Heavy Metal Drama se saiu com o EP It Took You too Long to Meet Heavy Metal Drama; e o Veenstra soltou mais duas outras músicas. Aos fatos.

Não é heavy metal e não tem drama nenhum (Foto: Camila Cornelsen).

Não é heavy metal e não tem drama nenhum (Foto: Camila Cornelsen).

Formada por Rhony Guedes e Thomas Kossas (Rosie and Me), Francisco Conrado (Silver Salt) e Claudinha Bukowski (Copacabana Club), a Heavy Metal Drama se torna um achado em meio a um nicho batido e desgastado, apesar de ainda jovem. O indie dançante que propõem é menos plastificado do que costuma se ouvir por aí. Há mais guitarras. E com elas, mais peso e surpresas; as vozes se destacam, e uma certa sujeira lembra o garage rock de outrora. É música que dá certo na pista, mas não feita exclusivamente para elas.

Preste atenção, por exemplo, na urgência de “Overrated U”, que lembra os bons tempos do Kasabian. Já a levada sexy e o vocal preciso de “Tanned Blondie” sugere um Placebo menos afetado e mais ensolarado. Um baita EP, que comprova a capacidade de músicos da cidade de se reinventarem, mesmo em projetos paralelos.

Bem, o Veenstra vocês já conhecem. Ou, a essa altura, deveriam conhecer. O garoto prodígio, também baterista da banda Dunas, lançou mais duas músicas no início do mês passado. Depois de percorrer o space rock e o pós rock com habilidade, “Eidolons” e “Dagger” se aproximam mais do slow rock de bandas como Galaxie 500 – a letra da segunda música vale um doce.

 

* Leia sobre o primeiro show do Veenstra aqui.

Com uma capacidade produtiva invejável, e sem perder a mão, a pergunta continua sendo: onde esse camarada vai parar?

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