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Ameaça?
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Alex Gallardo/Reuters

Bob Woodward (foto), o jornalista que, junto com Carl Bernstein, publicou a série de reportagens no Washington Post (WP) que detonaria o escândalo de Watergate, levando à renúncia o presidente Richard Nixon, veio a público nesta semana para contar que sofreu ameaças da administração Obama. Woodward escreveu um artigo sobre o imbróglio do orçamento nos EUA para o WP, mas o fez criticando o presidente Barack Obama por “mover as traves do gol”. Antes, ao conversar com o assessor de economia da Casa Branca Gene Sperling, o jornalista disse qual era o teor do texto que estava para publicar. “Você vai se arrepender”, teria dito Sperling.

Ambígua

O site Politico abordou a história de Woodward comentando que muitos “colegas de imprensa” não acreditaram na ameaça. Um dos que questionaram as alegações de Woodward foi Jonathan Chait, da revista New York. Chait procurou relativizar o episódio todo, dizendo que ameaças, em geral, envolvem uma linguagem ambígua e o jornalista interpretou a afirmação de Sperling do jeito que quis (que, não por coincidência, foi o jeito que mais deu repercussão à história). Sperling, por sua vez, disse que não se tratava de uma ameaça, mas de um comentário que sugeria que Woodward iria se queimar por acusar Obama de manipulação.

“Um senso de humor diante de adversidades pode ser atraente, mas não é sempre útil. Confrontado com a pior recessão que o país viveu desde 1930 e com a possível implosão da moeda única na Europa, o povo da Itália decidiu ignorar a realidade.”

Reportagem da revista britânica The Economist.

Que venham os palhaços

Alessandro Bianchi/Reuters

A revista britânica The Economist deu a capa de sua edição mais recente para a eleição na Itália. A imagem mostra os candidatos Beppe Grillo e Silvio Berlusconi (foto), um ao lado do outro, sob o título: “Que venham os palhaços”. A reportagem é contundente. “Um senso de humor diante de adversidades pode ser atraente, mas não é sempre útil. Confrontado com a pior recessão que o país viveu desde 1930 e com a possível implosão da moeda única na Europa, o povo da Itália decidiu ignorar a realidade”, diz o texto, que apresenta argumentos para tal afirmação.

“Genuíno”

Um quarto da população votante não compareceu às urnas – um recorde do pós-guerra. Dos que compareceram, 30% votaram em Berlusconi, o ex-primeiro-ministro “palhaçal” cujas políticas foram as “causas principais” da crise italiana. E 25% escolheram a chapa do humorista Grillo, apresentado pela revista como “um comediante genuíno”. Em contrapartida, Mario Monti, o primeiro-ministro interino que “restaurou a credibilidade combalida da Itália”, conseguiu apenas 10% dos votos.

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