Se o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer mesmo sair vencedor no Congresso e ganhar aval para atacar a Síria, é bom parar de “tirar o corpo fora”. Adaptando para a linguagem popular brasileira, foi esse o recado dado por Jennifer Rubin em artigo publicado no jornal The Washington Post. Para a jornalista, o discurso de que não foi ele, mas o mundo que estabeleceu uma linha vermelha para intervir na Síria é “loucura”. “As declarações de Obama negando sua única responsabilidade podem ser uma desgraça, mas um ‘não’ do Congresso seria uma tragédia”, disparou.
Responsabilidade dividida
Também o editorial do El País enxerga na estratégia de Obama uma tentativa de se esquivar ao máximo da responsabilidade pelo ataque ao regime sírio. Primeiro com o pedido de aprovação do Congresso, uma “renúncia ao passo definitivo que ele mesmo marcou”. Em seguida, ao levar a discussão à cúpula do G20, buscou “uma prorrogação mínima para impulsionar ao máximo uma solução diplomática”. A ONU, por sua vez, é tratada como um “ator irrelevante”, que em nada contribuiu para impedir que um protesto pacífico evoluísse para uma guerra civil.
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