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Foto: Larry Downing/Reuters
Foto: Larry Downing/Reuters| Foto:

A divulgação do relatório sobre as torturas aplicadas pela CIA provocou um verdadeiro terremoto nos Estados Unidos, com pedidos de providências de um lado e revides do outro. Na quarta-feira, quando o diretor da CIA, John Brennan (foto acima), concedeu uma entrevista coletiva para contestar o relatório, a senadora Dianne Feinstein (foto abaixo), que liderou o estudo, protagonizou um embate praticamente em tempo real através de seu Twitter.

A favor da tortura

U.S. Senator Dianne Feinstein arrives for a procedural vote on defense spending authorization legislation at the U.S. Capitol in Washington

O uso da tortura pela CIA parece ir ao encontro da vontade dos americanos, segundo uma pesquisa realizada em agosto de 2013 pela Associated Press e a Universidade de Chicago. Lembrada pelo The New York Times, a sondagem aponta que, naquela época, 50% dos norte-americanos acreditavam que a tortura contra suspeitos de terrorismo poderia ser frequentemente ou às vezes justificável. Para 47% dos entrevistados, a prática raramente ou jamais teria justificativa. Na divisão partidária, essa diferença se acentuava ainda mais: 61% dos republicanos aprovavam a tortura, contra 40% dos democratas.

38% dos americanos

concordavam com a prática de tortura em 2005, de acordo com o mesmo tipo de pesquisa, enquanto 59% se posicionavam contrariamente. O índice de aprovação teve seu ápice em 2011, atingindo 60% após a captura e morte de Osama Bin Laden.

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O site Vox reproduziu algumas das respostas de Dianne, e classifica o bate-rebate como “devastador”. Confira alguns trechos:

Brennan: “É impossível saber se a tortura era necessária para produzir informações úteis.”

Feinstein: “’Impossível saber’ se não tivéssemos conseguido informações por outros meios. O estudo mostra que É possível: CIA tinha informações antes da tortura.”

Brennan: “A CIA não induziu o Congresso ao erro.”

Feinstein:
“O general Counsel Preston disse que a CIA forneceu informações imprecisas.”

Brennan: “A tortura forneceu informações importantes na caçada a Bin Laden.”

Feinstein: “O estudo prova definitivamente que os interrogatórios não levaram a Bin Laden. Página 378.”

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