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Presos sem acusações justificadas ou por “críticas ao governo”, cerca de 30 jornalistas sofrem nas prisões da Eritreia, que se tornou o maior cárcere de jornalistas na África, segundo o último relatório sobre liberdade de imprensa da Repórteres Sem Fronteiras.

O número exato de jornalistas presos não é claro, pois o governo impede a entrada de observadores internacionais no país, afirmou o diretor para a África do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), Tom Rhodes. Conhecida como “a Coreia do Norte da África”, a Eritreia está em último lugar do ranking da RSF de liberdade de imprensa de 2014.

info planeta web 040115

Sem correspondentes

Khaled Abdullah/ Reuters

Desde 2001, quando o presidente Issayas Afeworki (foto) fechou todos os veículos de comunicação de propriedade privada na Eritreia, os correspondentes estrangeiros foram expulsos e não há mais nenhum no país. Enquanto isso, os censores do governo filtram as notícias que chegam do exterior. A única forma de obter informações não censuradas pelo governo é em sites de emigrantes, embora seja necessário fazer estas consultas com precaução, porque basta a denúncia de um vizinho rancoroso para acabar preso.

“Há uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada, mas às vezes os jornalistas nem se dão conta. Eles tapam os seus olhos e te levam para uma prisão.”

N. F. jornalista que fugiu da Eritreia após ser preso três vezes e que prefere não ser identificado

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