“Israelenses e palestinos estão aprisionados naquilo que parece uma bolha hermeticamente fechada”. A descrição para o cenário do pior conflito entre esses dois povos nos últimos anos é do escritor israelense David Grossman, em texto publicado na última semana no The New York Times. Grossman questiona por que, ao longo dos anos, os governos de Israel não conseguiram encaminhar uma solução para o conflito. Ele acredita, no entanto, que boa parte dos israelenses já começa a pensar “fora da bolha”. “Talvez nós tivemos um vislumbre da realidade por um ângulo diferente. É um entendimento doloroso e ameaçador, mas que pode ser o começo de uma mudança”, acredita.
Cinismo e sangue
Para David Remnick, editor da revista The New Yorker, é impossível ignorar tanto o cinismo do Hamas, “que domina Gaza e sabe o medo provoca ao disparar milhares de mísseis em Israel”, quanto “o derramamento de sangue que Israel tem promovido em Gaza”. Remnick lembra que no ano passado o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, alertou que, se israelenses e palestinos não progredissem nas negociações, as consequências seriam catastróficas. A resposta? Kerry foi chamado de “catastrofista” e “messiânico”.
Mais de 1,6 mil palestinos foram mortos nos conflitos em Gaza, dos quais pelo menos 150 eram crianças. Somente no bairro de Shejaiya foram mais de 90 vítimas.
Malaysia, não
A revista The Atlantic, dos EUA, comentou a notícia dada pelo jornal The Telegraph, da Inglaterra, segundo a qual a Malaysia Airlines está cogitando trocar de nome, depois de se ver envolvida em duas tragédias num intervalo de quatro meses deste ano, com os voos 370 e 17 (foto). A reportagem cita a empresa ValuJet que, em 1996, teve um acidente bisonho no voo 592, envolvendo tubos vencidos de aerossol que detonaram um incêndio. Depois disso, a empresa comprou outra companhia, menor e desconhecida, e adotou o nome desta: AirTran, o que salvou sua existência.
Deixe sua opinião