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Yannis Behrakis/Reuters
Yannis Behrakis/Reuters | Foto:
Yannis Behrakis/Reuters

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A crise na Ucrânia, a princípio amenizada na última sexta-feira, preocupou não apenas ucranianos, mas também os vizinhos da Rússia, temerosos de que a situação descambasse para uma guerra civil que desestabilizaria toda a região e prejudicaria a economia. Como os principais canais de televisão russos são estatais ou controlados pelo governo, o quadro retratado no país era de que a violência é responsabilidade dos manifestantes. “As câmeras mostram o vandalismo dos extremistas enquanto o público russo pensa majoritariamente que a culpa por tudo é dos grupos pró-ocidentais”, relata o jornal espanhol El País.

77 mortes haviam sido contabilizadas pelo governo ucraniano até a última sexta-feira, resultantes dos conflitos entre forças nacionais e manifestantes que ocupavam a Praça da Independência, em Kiev.

Ueslei Marcelino/Reuters

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“Precisamos que as autoridades na Ucrânia sejam legítimas e eficazes, para que o povo não limpe os pés em suas autoridades como um capacho.”

Dmitri Medvedev, primeiro-ministro russo.

“Existe Ucrânia?”

Essa foi a pergunta lançada na coluna de Lluis Bassets no El País, focando a divisão interna do país, que com 22 anos de independência, ainda é cultural e politicamente fragmentado. “A própria identidade e existência do país, a improvável capacidade dos ucranianos para se manterem unidos é que neste momento os colocam à beira de uma guerra civil”, diz o texto, apontando uma mescla de conflito civil e guerra geoeconômica. “O país só poderá sobreviver se conseguir se converter em um estado democrático que respeite e inclua todas as diferenças e identidades”, conclui.

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