O exemplo sueco

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O ataque que culminou na morte de um atirador e de um policial em Ottawa, no Canadá, na última quarta-feira, colocou as autoridades do país em alerta. Jonathan Kay, editor do jornal canadense National Post, cobrou providências do governo para incrementar a segurança no Parlamento (foto), onde ocorreu o episódio. Para isso, usou o caso de Olaf Palme, primeiro-ministro sueco que recusava qualquer aparato de segurança e foi assassinado em uma estação de metrô em 1986. “Esse deve ser um momento Olaf Palme para o Canadá”, afirmou Kay, alertando para os riscos aos quais o país está exposto.

“Nós canadenses devemos encontrar formas de garantir que o Parlamento se torne um local mais seguro, mas que também mantenha suas características de espaço público para famílias, jornalistas e mesmo manifestantes.”

Jonathan Kay, editor do National Post.

Falhas expostas

O jornal The Globe and the Mail, também do Canadá, noticiou que em 2012 um relatório do auditor-geral canadense já indicava a necessidade de reforçar a segurança no Parlamento. O texto relatava falhas na estrutura, com base em um episódio ocorrido três anos antes, quando ativistas do Greenpeace escalaram um dos prédios para pendurar um cartaz. A proposta do auditor era unificar as quatro forças de segurança que atuam no local. Membros da Câmara dos Comuns e do Senado até concordaram com a ideia, mas as discussões se estenderam sem chegar a um consenso. Na foto, parlamentares e jornalistas se protegem no plenário durante o ataque.

320 membros tinha o serviço de segurança da Câmara do Canadá em 2012, segundo o relatório do auditor-geral. Eles carregam armas de fogo e há mais de 15 anos têm permissão para usá-las, se necessário. Já o serviço de proteção ao Senado obteve autorização para portar armas somente na metade deste ano. As câmeras de segurança, por sua vez, cobrem apenas 35% da área do Parlamento.