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Assinantes da newsletter receberão na segunda (12) o roteiro completo de um episódio de “Seinfeld” sobre a pandemia.
Assinantes da newsletter receberão na segunda (12) o roteiro completo de um episódio de “Seinfeld” sobre a pandemia.| Foto: Reprodução/ Wikipedia

A espera, se é que havia alguma, acabou. Vinte e três anos depois daquele episódio final de “Seinfeld” que levou muita gente revoltada a jogar a tevê de tubo da janela, o elenco da famosa “série sobre o nada” anunciou que vai se reunir para um episódio especial sobre a pandemia de Covid-19.

Intitulado apenas “A Pandemia”, o episódio vai ao ar, por assim dizer, na segunda (12), mas somente para os assinantes da newsletter do colunista Paulo Polzonoff Jr., da Gazeta do Povo.

“Depois de um trabalho exaustivo, entramos em campo preparados. Respeitamos muito o adversário, mas o objetivo é sair daqui com os três pontos”, declarou Larry David, produtor-executivo da série numa entrevista exclusiva que, infelizmente, não foi gravada porque o idiota do repórter esqueceu de pôr pilha no velho gravador [toca o tema de “Curb Your Enthusiasm”].

O episódio vem cercado de mistérios, mas nada que uma reportagenzinha investigativa rápida não resolva. Ele segue a estrutura tradicional da série, com um monólogo de Jerry Seinfeld no começo e uma sequência de situações que geralmente não levam a lugar nenhum. Jerry continua solteiro, George continua George, Elaine continua em busca de um príncipe encantado e Kramer continua louco de pedra. O episódio especial tem nada menos do que uma hora de duração e, dizem as boas línguas, cada inserção comercial custará aos anunciantes um trilhão bilhão milhão de dólares.

Mostrando-se um tanto quanto contrariado na entrevista coletiva, o astro maior da série, Jerry Seinfeld, disse que não pretendia nunca reunir os personagens. “Mas a pandemia me deixou no vermelho e eu estava com medo de perder meus Porsches e Lamborghinis. Aí... O que é que a gente não faz por amor aos carros, não é?”, argumentou, adicionando que todo o lucro obtido com a exibição do episódio será revertido em prol da Fundação de Proteção aos Comediantes Donos de Carros de Luxo.

Os executivos da NBC presentes à aglomeração clandestina de lançamento de “Seinfeld – A Pandemia” falaram do doloroso processo de convencimento para que todos se dispusessem a reencarnar os personagens que fizeram a fortuna dos atores. “O Jason Alexander disse que não podia participar porque estava no meio de um tratamento capilar. Michael Richards deu a desculpa de que pretendia se internar numa clínica de reabilitação antirracista. E Julia Louis-Dreyfus falou alguma coisa que eu não entendi por causa da máscara”, contou o produtor George Shapiro.

Mas tudo foi resolvido depois que a emissora mandou um cheque cheio de zeros para os atores, juntamente com o roteiro genial, estupendo e extraordinário, assinado por Jerry Seinfeld e Larry David – apesar de as más línguas já dizerem por aí que se trata de um plágio. “Ao ler já as primeiras falas da Elaine, entendi o meu papel social como atriz no enfrentamento da pandemia”, disse Louis-Dreyfus. “Não comprei a ideia nem por um instante, mas a ideia me comprou”, confessou Jason Alexander. “Eu não tinha nada melhor para fazer no dia”, explicou Michael Richards.

Aos fãs da série, os produtores garantem várias referências a episódios clássicos, bem como a participação de coadjuvantes de luxo, como o insuportável Newman e o Soup Nazi. Já para a Geração Z, que não tem a menor ideia do que “Seinfeld” representou para a cultura mundial, os produtores garantem uma hora de cringe intenso - o que quer que seja isso.

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