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Esse lance de nome
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Moçada, desculpa a demora em atualizar. Estava de férias, curtindo o merecido descanso. Agora, voltamos à nossa programação normal.
Abraços!
Marcos Xavier Vicente


A prova de que meu nome não é Marcão: na época que fiz meu primeiro RG, o pessoal ainda me chamava de Marcos Henrique.

Meu nome é Marcos. Pra ser mais exato, Marcos Henrique Xavier Vicente. Muitos dos meus amigos não sabem, mas tenho o Henrique como nome, além do Marcos. Aliás, muitos dos meus amigos também não sabem, mas meu nome é Marcos, com S.

Relevo isso porque ninguém, além dos meus pais, me chama de Marcos. Nem eu mesmo me chamo de Marcos. Quando ligo para alguém nunca me identifico como Marcos. Tenho de dizer sempre “Olá, é o Marcão”. Se digo que é o Marcos, a pessoa me pergunta “Que Marcos?” E então me identifico corretamente: “O Marcão…”

É estranho alguém me chamar de Marcos. Parece que estão se referindo a outra pessoa. Sabe aquele lance do Negrão viver dizendo que tem de separar o Édson do Pelé? Pois então, o Marcos é o meu Édson.

Esse negócio de me chamarem de Marcão começou na escola. Por motivos óbvios. Além de ser gordinho, eu era um dos mais altos da turma. E logo a gurizada trocou o Marcos Henrique (havia outro Marcos na turma e precisavam me diferenciar desse outro cara) por Marcão. Até os professores passaram a me chamar assim.

O engraçado foi esses tempos encontrar uma menina que estudou comigo no primário. Eu ouvi alguém chamar um tal de Marcos Henrique pelos corredores do shopping. Só notei que era comigo quando ela parou na minha frente e disse “ei, Marcos Henrique, você não se lembra mais de mim?” Claro que me lembrava daquela pequena, que continua tão bonita quanto era na infância. Só não me lembrava de que o tal do Marcos Henrique era eu.

Meu pai quando quer dar um status de cara sério ao filho caçula também solta um “Marcos Henrique”. “Fulano de tal, esse aqui é o meu filho jornalista (ele sempre põe isso na frente, como se ser jornalista fosse muita coisa…), Marcos Henrique”, me apresenta o velho aos amigos.

E antes do advento do celular ele ligava pro meu trabalho pedindo pra falar com o Marcos Henrique. Aí era um tal de neguinho ficar perguntando um pro outro quem era esse tal de Marcos Henrique. Até que eu pescava a conversava e me identificava como o dito-cujo, para o espanto geral da rapaziada, que pensava que meu nome de batismo fosse simplesmente Marcão.

O ápice dessa confusão foi quando um colega atendeu ao telefone do meu lado e me perguntou: “Ei, Marcão, você sabe se tem algum Marcos Henrique aqui na firma?”

Mas agora que Marcão virou praticamente meu nome, as pessoas me chamam de Marquito. Devo ser dos poucos caras com um apelido do apelido. Até prefiro Marquito. É mais simpático. Marcão dá uma sensação de tosquice – o que também não deixa de ser verdade.

Só ando espantado pelo número de pessoas que passou a me chamar de Marquito. Do grupinho de amigos da infância/adolescência, a velha patota de maus elementos com quem ando desde os tempos em que matava aula pra jogar bola com os maloqueiros na quadra da Praça Osório, agora todo mundo me chama de Marquito. E, assim como Marcos e Marcos Henrique, ser chamado de Marcão começa a me soar estranho.

Mas eis que quando penso que as nomenclaturas referentes à minha pessoa se encerraram, pipoca no meu MSN meu velho parceiro Cristiano me fazendo um convite: “Kito, vamos tomar uma cerveja?”

Kito?! E com K?! Afinal, onde é que isso vai parar?!

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