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Maytê Corrêa (foto por Márcia Kohatsu)

Maytê Corrêa (foto por Márcia Kohatsu)

“Deixa o samba ir devagarinho te levando, o samba faz bem pra alma”. Estes versos, de Deixa o Samba Ir, de Ratinho, me chegaram na voz de Maytê Corrêa no ano de 2012, portanto, com um ano de delay, visto que o primeiro disco dela, de mesmo nome, chegou ao mercado em 2011.

Coincidentemente, foi o último número feito na gravação de seu primeiro DVD, realizada nos dias 11 e 12 de novembro últimos, no Teatro Paiol. Além desta música, a professora de canto, educação musical, cantora e compositora, nascida em Curitiba, mas que vive no Rio de Janeiro há alguns anos, também interpretou outras 12 canções.

Respaldada pelo multi-instrumentista carioca Abel Luiz, que tocou cavaco, bandolim, viola e assinou os arranjos, Maytê mostrou, no palco , que ao contrário do que o senso comum diz, o estado do Paraná tem samba no pé.

A banda, extensa e pomposa (Julião Boemio, cavaco; Vinícius Chamorro, violão 7 cordas; Paulo Marins, Jorge Alexandre, Panelão e Arthur Cipriani, percussão; Marcela Zanette, flauta; Sergio Coelho, trombone; Juliana Cortes e Renata Melão, coro; mais a voz grave da artista principal), apresentou canções da estreia da artista, inéditas e uma versão, eficiente e verdadeira, do clássico Nasci Pra Sonhar e Cantar, feita pela musa maior e espécie de guru de Maytê, Dona Ivone Lara, junto a Délcio Carvalho.

André Bezerra, curitibano responsável pela direção artística, costurou, de maneira objetiva e prática, o papel que Maytê ocupa dentro da música brasileira, não se restringindo ao universo sambístico: em quase duas horas de espetáculo, o público viu, de peito aberto, uma voz quente que, nascida no seio da capital do Paraná, fala a língua do povo. Parafraseando Ratinho, “deixa a Maytê ir devagarinho te levando, ela faz bem pra alma”.

(por Breno Alexandre)

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