E se foram 15 anos! Lembro até hoje, um dos primeiros ensaios da VIVARINAS, na casa do amigo e músico Eliezer Leite, no começo de 2000. O século estava começando, a internet já estava a todo vapor, o rock parecia sair da tumba no Brasil , quando ficou esquecido do meio dos anos 90 para frente , ofuscado por outros estilos musicais. Mesmo assim, a vontade era tocar rock clássico e mais tarde, fazer música. Em 2003, começou a saga da música autoral para Vivarinas, confesso que as primeiras composições não são muitas de meu gosto, entretanto, foi um começo. Acho que a coisa mudou, quando fizemos nosso primeiro álbum “Vendo o dia passar”. Para mim, o álbum tem boas músicas, pecamos na produção, mas fazer o quê? Éramos inexperientes e meio arrogantes, achávamos que poderíamos fazer tudo por nós mesmos, aquela coisa do punk, sempre gostei disso.
Quando ganhamos a etapa rock do Festival Paraná de Bandas (2005) com a música “Diga Não”, parecíamos que iríamos ser os Beatles, rsrsr. Foi muito legal, encorajador e deu mais vontade de seguir em frente, entretanto, nossa falta de paciência e perseverança, ali mesmo, acabou com a banda. Saí da Vivarinas, ela continuou mais um tempo, e depois encerrou suas atividades, não definitivamente. Depois de percorrer caminhos por outros trabalhos musicais – importantes, mas que realmente não tinham nada a ver comigo – resolvi ligar para o meu parceiro Cristiano Jazar Zanikoski (2011) e voltamos com a Vivarinas. Foi um desafio, por que eu não era mais o guitarrista da formação original, e sim, teríamos que dividir os vocais, ele concordou, e começamos a ensaiar. Depois de quatro anos, fizemos shows importantes, gravamos mais um álbum “Homem Vivarínico” que foi produzido pelo ótimo produtor Paulo Bueno do estúdio Click Audioworks, e estamos ainda na estrada. As coisas mudaram, a música talvez não seja mais importante como era para as pessoas, o rock está (comercialmente) cada vez mais “morto”, além disso, é difícil tirar as pessoas de casa para irem aos shows, a modernidade trouxe facilidades, todos ficaram mais “preguiçosos”. Aonde iremos chegar? Não sei, os caminhos da música são outros, nos últimos 10 anos, as coisas mudaram muito, com tudo, queremos alcançar mais gente possível com a nossa, quando fizermos tudo o que desejamos, talvez pararemos, com uma história de final feliz. Viva a Vivarinas! Dia 13 de Junho , tocaremos no Teatro Paiol , comemorando 15 anos de banda, vamos lá celebrar com a gente essa super data.
(por Kaká, vocalista da banda Vivarinas)
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