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Você está iniciando um novo relacionamento e está com medo da reação dos filhos. Natural…

Tem gente que esquece de tudo e de todos e mergulha de cabeça no novo relacionamento. Esquece até que não é sozinho, que está entrando na relação com uma, duas, três ou mais “bagagens” da união anterior. Os filhos começam a perceber que algo está acontecendo e começam a cobrar presença. Querem saber por que a demora ou ficam ligando seguidamente no celular.

Nessa hora todo o cuidado é pouco, afinal é a primeira impressão que fica, não é mesmo? Digo isso porque muitas pessoas por carência ou porque ficaram muito tempo presas a uma relação fracassada, não querem perder tempo e engatam uma relação atrás da outra. Mal engrenam um namoro e já começam a enumerar os defeitos do par esquecendo que ela mesma tem os mesmos defeitos e não é perfeita.

A explicação para tanta troca de parceiros está relacionada ao individualismo dos tempos atuais. As pessoas estão mais interessadas na própria satisfação do que na do parceiro. Quando algo começa a ir mal, a tendência é querer mudar, sair fora da relação e continuar a busca do par perfeito…

Neste troca-troca, geralmente, o envolvido (pai ou mãe), muitas vezes, esquece das pessoas que dividem com ela o cotidiano e acham normal apresentar aos filhos e familiares toda hora um (a) novo (a) pretendente.

Como e quando apresentar o novo par aos filhos?

Antes de pensar em apresentar o (a) novo (a) namorado (a) aos filhos os pais devem fazer uma séria análise da relação. Avaliar se está com a pessoa porque gosta, porque quer e se sente bem ou porque precisa de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam não por serem metades, mas por serem inteiras e estarem dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e a própria vida.

Levar o namorado em casa pela primeira vez requer uma série de cuidados para evitar conflitos com os filhos e outros membros da família. O primeiro contato deve acontecer da forma mais natural possível e, de preferência, depois que o namoro já estiver engrenando. O ideal é preparar o terreno aos poucos, com algumas brincadeirinhas, dando a entender que tanto o pai quanto à mãe tem o direito de refazer a vida afetiva. Os pais não devem se anular em função dos filhos, no entanto, é preciso ter bom senso para descobrir o momento propício para a apresentação.

Atualmente os filhos convivem com amigos que já passaram ou estão passando pela mesma situação, e comentam que o pai ou a mãe do amigo está namorando. Deve-se sempre conversar com o(s) filho(s) sobre o que está acontecendo e explicar que esta pessoa não veio para substituir o pai ou a mãe. A pessoa deve ser apresentada como namorado (a) e não como amigo (a).

Mesmo com todos os cuidados é possível presenciar cenas de ciúmes, choro, malcriação ou ataque de fúria. Cabe ao pai ou a mãe resolver os conflitos e impor os limites. Quem está chegando deve ter bom senso e ficar longe da discussão. Geralmente, os filhos pequenos aceitam com mais facilidade os namoros do que os adolescentes. Os pais devem evitar que os filhos pequenos chamem o novo parceiro de pai ou mãe. O correto é orientar que chamem pelo primeiro nome.

É muito importante não transformar a apresentação do novo par em tempestade. Com o passar do tempo os ânimos se acalmam e a aceitação e convivência acontecerão naturalmente.

No começo os pais devem evitar demonstrações de muita intimidade na frente dos filhos, para que não aconteçam cenas de ciúmes, principalmente se os pais se separaram há pouco tempo.

As demonstrações de afeto e carinho devem acontecer na medida em que o relacionamento afetivo for amadurecendo e tornando-se familiar às crianças. As relações sexuais devem sempre acontecer longe dos filhos. Só devem dividir a cama em casa quando o namoro já estiver evoluído para um compromisso sério.

Um novo relacionamento modifica o cotidiano de todos os envolvidos e, certamente, os programas passarão a ser: a dois, envolvendo à(s) família(s) e com os filhos. Jamais deixar de preservar momentos só para os filhos. É a melhor maneira de demonstrar afeto e tranqüilizá-los, para que se sintam seguros e percebam que não perderam os espaços que lhes pertencem.

É imprescindível, nesta nova relação, não esquecer os valores morais que até agora fizeram parte da educação dos filhos. Quem está entrando na estrutura familiar precisa ter sensibilidade, jogo de cintura e diplomacia para perceber seu funcionamento. Desta forma o convívio fica mais fácil e harmonioso.

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