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A crítica pode ser entendida como toda a observação específica referente a um determinado comportamento, que encoraja uma pessoa a melhorá-lo, reforçá-lo ou desenvolvê-lo.

A crítica pode ser positiva ou negativa. A positiva reforça o comportamento. A negativa visa corrigir ou melhorar o comportamento ou desempenho de baixa qualidade ou insatisfatório. Ambas devem ser construtivas.

Muitas pessoas tendem a criticar constantemente as pessoas que as rodeiam. Mas quase sempre o parceiro é a maior vítima. Costumamos sempre ficar apontando os pontos negativos dos outros. Como seres imperfeitos, nem sempre temos a consciência dos aspectos que atrapalham a nossa felicidade amorosa. Muitas vezes, anseamos por um forte desejo de mudança, mas quando não encontramos as ações necessárias para nos transformar, é mais fácil mostrar ou exigir do outro que mude.

Esquecemos que toda mudança de comportamento é pessoal, intransferível e inalienável: ninguém muda ninguém.

Na hora de resolver os conflitos é que surgem as dificuldades. Um não sabe se expressar, é crítico e cruel. O outro por ser muito sensível fica magoado e entende uma crítica construtiva como sendo destrutiva. É preciso aprender a fazer e receber críticas construtivas. Deve existir um espírito conciliatório para absorver o conteúdo da mensagem. Ser tolerante com as falhas do parceiro.

Com o passar do tempo os casais costumam queixar-se de que não são compreendidos. Quando uma questão é colocada antes de concluir a exposição do assunto o outro já se coloca na posição de “atacado” ou ofendido. Os argumentos de defesa vêm em forma de crítica. Isso ocorre porque nem todo mundo consegue colocar as emoções de lado na hora do conflito. Poucos têm a habilidade de ouvir ativamente o outro. Para o casal que tem uma boa flexibilidade para conviver com as diferenças, resolver os conflitos aceitando que através da crítica construtiva podem ir se transformando e se lapidando, não há nada como uma boa discussão.

Ricardo, advogado, 28 anos e Zélia, arquiteta, 27 anos recém terminaram um namoro de quatro anos. Motivo: ela não agüentava mais ser criticada na frente dos familiares e dos amigos. Sempre que saíam com os amigos, após ingerir algumas latinhas de cerveja, começava a criticá-la. Era a cor do cabelo que não agradara, porque demorava a se arrumar, o melhor amigo que não parava de ligar. Aos poucos o comportamento dele foi tornando a relação tensa e azeda. O comportamento crítico dele escondia mensagens destrutivas: a minha “ex” não atrasava, ela era melhor do que você. A postura dele era centrar-se nos defeitos. Estava sempre criticando, julgando e controlando o comportamento dela. Zélia costumava privilegiar as qualidades e os talentos do namorado.

Quando se deu conta de que não existe amor sem admiração, que as críticas destrutivas estavam minando a sua auto-estima e a sua alegria de viver, optou por terminar o namoro.

Muitos casais passam horas numa troca de críticas. São discussões repetitivas e intermináveis a cerca daquilo que seria insuportável aos olhos do outro. Todo o relacionamento pautado na expectativa de que o outro mude, pode acabar em frustração e fracasso. Quem se julga perfeito e não consegue lidar com as imperfeições alheias pode acabar saindo da rota do amor. O pior é que a crítica que era dirigida ao par amoroso, após o término da relação se volta contra o próprio. Ele se tortura por ser culpado do fracasso amoroso.

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