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Segundo o Wikipédia (enciclopédia aberta disponível na internet e que qualquer pessoa pode editar) intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões.

Em sua forma cotidiana, a intolerância é uma atitude expressa através de argumentação raivosa, menosprezando as pessoas por causa de seus pontos-de-vista ou características físicas e/ou culturais, retratando algo negativamente devido aos próprios preconceitos.

Intolerância na família

Janete, empresária, 45 anos sempre fica pensativa quando o assunto é intolerância. “Fico me perguntando se a minha vida não teria tomado outro rumo se não fosse a intolerância do meu pai”, diz.

“Carlos Alberto, meu colega no segundo grau costumava ir à minha casa para fazermos trabalhos escolares. Como ele é negro, meu pai alemão e racista, insistia em me atazanar alegando que seria deserdada caso viesse a namorar com ele. Hoje tenho certeza que deveria ter ao menos tentado. Ainda penso nele…”, desabafa.

Intolerância na vida a dois

O encontro amoroso é um encontro de diferenças. É a diversidade das pessoas, que enseja e permite a complementariedade. A tentativa social de padronização tem gerado a intolerância e o fracasso das relações. Cada ser é único, tanto nos seus aspectos negativos e positivos.

O amor aceita incondicionalmente o outro com um ser humano imperfeito. Só podemos amar no outro o que ele tem diferente de nós. Amá-lo nas nossas semelhanças não é amor a ele, mas a nós próprios.

Estamos sempre tentando moldar o outro à nossa imagem e semelhança e, assim ficamos diante de dois grandes equívocos:

O primeiro é achar possível a mudança da outra pessoa à partir das nossas críticas. O segundo é que só seremos felizes se o outro se tornar àquilo que esperamos dele.

Sérgio, engenheiro, 37 anos, enquanto namorava Susan se mostrava paciente e tolerante em vários aspectos.

Ela saia com as amigas para ir ao shopping, passava horas no salão do cabeleireiro e ficava horas no supermercado.

Após o casamento seu comportamento começou a mudar. A sua tolerância para os mesmos programas dela não são mais os mesmos.

Reclama de tudo, desde a demora quando sai, até o controle do tempo em que ela fica conversando ao telefone.

A cobrança sistemática do comportamento dela alimenta nele o traço que ele não aceita e que antes do casamento tolerava. Os sentimentos ocultos da possessividade e do ciúme geram um sofrimento, muitas vezes, desnecessário.

A grande maioria das pessoas não se dá conta de que trazemos essa distorção da nossa infância. Só tínhamos o amor dos nossos pais se correspondêssemos às suas expectativas. Então só lhe dou o meu amor, se você corresponder àquilo que desejo… E assim, seguimos perpetuando essa forma de relação e dizemos não entender porque os relacionamentos são tão complicados.

Percebe-se que as pessoas se agarram aos pontos fracos dos outros e esquecem de valorizar os pontos fortes. Nos dias de hoje não existe mais espaço para escravos e donos. Anseamos por um parceiro para dividir nosso dia-a-dia, para nos divertirmos juntos, andar de mãos dadas e não para apontar os nossos defeitos. Sejam eles adquiridos ou de fabricação.

Intolerância na área profissional

Nos dias atuais no ambiente de trabalho não existe lugar para intransigência e intolerância. Existe sim, lugar para aqueles que sabem muito, desde que não venham acompanhados de um ego maior que a própria empresa. Podem existir “estrelas” no ambiente de trabalho, desde que sejam reconhecidas como tal pelos colegas. O problema é quando o próprio profissional se acha estrela ou melhor do que todos e, pior ainda, quando não é nada disso.

Em um ambiente todos devem trabalhar com um espírito de equipe. Pessoas intolerantes e intransigentes estão cada vez mais perdendo seu lugar. Estas foram as palavras que Aurélio, engenheiro, ouviu sem querer do seu Diretor. Como ele, no dia anterior, tinha se desentendido com um colega, podia jurar que aquelas palavras eram para ele. O desentendimento criou espaço para um clima constrangedor para os dois profissionais e para a equipe. Aurélio, apenas reclamara o reconhecimento de um projeto dele que foi aprovado.

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