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“Quando a alma se abre para a energia de uma paixão, tudo ao nosso redor passa a ter um significado muito mais profundo: a descoberta de novas fontes inspiradoras, encontrar uma razão mais forte para viver e praticar o mais puro gesto de solidariedade – dar e receber”.

Na existência solitária, o amor perde o sentido. No entanto, quando alguém nos toca fundo o coração e passamos a compartilhar até as dúvidas mais íntimas, nosso desejo maior é materializar o que brota no peito de qualquer maneira.

Mas se sabemos que num coração onde pulsa o amor está a verdadeira chave para felicidade, por que somos tão inábeis quando estamos cara a cara com alguém especial?

Simplesmente porque sabemos que não somos perfeitos e continuamos insistindo na busca pelo amor perfeito.

No meu dia-a-dia, costumo dizer às pessoas que auxilio na busca de um relacionamento, que muitos casais deixam escapar alguém interessante porque no primeiro encontro não prestam atenção nos “sinais”. Quando a impressão que um causa no outro fica muito abaixo daquela desejada, o encontro pode se transformar num desastre. É quando insisto que se dêem uma nova chance, que tentem um segundo encontro. Insisto porque sei que se vencerem a insegurança e os seus medos poderão caminhar juntos na mesma direção.

Se ambos prestarem atenção em alguns detalhes importantes, já na fase do conhecimento, certamente não haverá a necessidade de cair fora do relacionamento quando ele começa a ficar sério.

Rita, 41 anos, decoradora, sempre gostou de homens altos, atléticos, sem filhos e não fumantes. No entanto, com nenhum desses perfis ela conseguiu se relacionar por mais de dois meses. Quando se deu conta, o tempo parecia passar mais depressa e nada acontecia. Decidiu procurar meu auxilio na busca de um novo parceiro. Já na primeira entrevista percebi porque não tinha sucesso nas suas investidas.

Homem alto: ela tinha complexo da própria altura.

Atlético: estava com o peso desproporcional à altura – seria um incentivo para ir malhar.

Sem filhos: Teve um relacionamento no passado onde os filhos do ex não a aceitavam

Não fumante: Deixou de fumar há pouco tempo e estando com um fumante o risco de retornar ao vício seria imenso.

O primeiro passo foi mostrar a ela porque não tinha sucesso com os homens idealizados. Em seguida conscientizá-la da necessidade de trabalhar a auto-aceitação e de mudar o seu padrão mental. Todo o processo durou cerca de seis meses.

Durante este período ela chegou a conhecer um homem dentro do padrão idealizado. No entanto, ela mesma concluiu que não tinha nada a ver e, desta vez, ela que não quis continuar o contato.

Tudo mudou quando resolvi apresentá-la ao Alceu. Ela relutou um pouco para ir ao encontro dele. Afinal, não era o príncipe idealizado…

No dia seguinte ela telefonou eufórica: “Deu liga, ele é um “fofo”, um amor, temos muito em comum, decidimos nos conhecer melhor”, disse.

Hoje Rita está casada há três anos com Alceu, 43 anos, arquiteto – três filhos da união anterior, apenas 6 cm. mais alto do que ela, com o peso um pouco fora do padrão – e jura que está muito feliz…

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