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E é assim que a nossa vida se transforma…

É comum duas pessoas se encontrarem e se apaixonarem pela força mágica do olhar, tal qual nos versos da canção “Pela luz dos olhos teus” do nosso poeta Vinícius de Morais. Dessa mistura de fogo e paixão nasce uma relação ardente, vivida com muita intensidade. Subitamente, no entanto, uma delas desaparece sem deixar rastro. Sem uma explicação, sem um adeus.
Quem parte deixa um coração partido. Sem rumo, sem chão.

Por quê? Tudo caminhava maravilhosamente bem. Nunca existiu uma briga. Havia afinidade sexual, cultural e afetiva e estavam vivendo um tórrido romance. E agora? Como encarar os amigos e a família?

Perplexo, quem fica só percebe o abandono pela ausência e porque quem partiu desliga ou não atende o celular e nem sequer responde os e-mails enviados.

Lágrimas, sofrimento e decepção induzem a questionamentos: “Será que me envolvi com alguém que não presta!” Cafajeste?

Em muitos casos, quem saiu sem dar uma justificativa opta por entrar rapidamente num novo relacionamento, menos intenso e mais morno, levando o ex-parceiro à loucura.

Isso ocorre porque as relações muito intensas costumam provocar medo: o parceiro sente que se perdeu de si mesmo e entra em desespero ao se imaginar, sem lucidez, sendo dominado pelo outro.

Impotente se assusta e prefere se afastar, sem uma explicação, para não sofrer e ver o sofrimento do ex-companheiro que, certamente, cobraria explicações.

Distanciar-se representa resgatar o controle sobre as próprias emoções e retomar as rédeas da própria vida. Pessoas que se deixam guiar mais pela emoção do que pela razão estão mais sujeitas a vivenciar este tipo de relação mais de uma vez.

Faz parte da nossa natureza nos deixar levar por sentimentos agradáveis e prazerosos como a paixão, o amor e o desejo. Sentimentos que transmitem boas energias e nos fazem sentir vivos, plenos e felizes, desde que não se perca o controle da sua intensidade. O descontrole provoca o medo e, quem tem medo foge e acaba se afastando do seu amor.

Estamos constantemente sabotando o melhor de nossa vida e nem nos damos conta disso.

Costumamos repetir padrões negativos de comportamento capazes de destruir nossos sonhos e o melhor de nós mesmos. Quem vive dentro do sistema do medo sabota a criatividade, os talentos e deixa de acreditar nas suas capacidades boicotando o lado material, pessoal e afetivo.

Em geral as pessoas costumam seguir padrões predeterminados em que o novo amedronta e incomoda. Não podemos esquecer que o homem evolui através dos medos. Mas, é preciso aprender a controlar o medo para evitar que ele se apodere.

É até possível, depois de algum tempo, o outro se arrepender, pedir perdão e querer retomar a relação. A reconciliação pode ser um risco, mas pode também significar uma chance ao amor.

Desde que, desta vez, ambos mergulhem na relação lentamente, com mais neurônios e menos emoção, sem precisar se perder de si mesmo.

Caro leitor: É melhor apostar na reconstrução de um relacionamento ou aprender com os erros e seguir em frente?

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