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Leia aqui algumas situações que contribuem para o fim de um relacionamento conjugal:

Emancipação feminina

Historicamente a mulher saía da casa dos pais direto para o casamento, inclusive na separação, ela era devolvida para os pais. Nesta época as mulheres eram excessivamente tolerantes, mesmo estando infeliz, mantinham o casamento em nome da família para não passar pelo vexame de ser devolvida. Hoje a mulher mora sozinha mesmo antes do casamento e tem a sua independência financeira. Alguns homens ainda se sentem incomodados quando a mulher detém o comando financeiro do lar. Geralmente nestas situações existe uma tendência da mulher sofrer cobranças do companheiro gerando um sentimento de culpa na mulher. Muitas vezes as conseqüências são ciúmes e inveja porque o dinheiro passa a ser símbolo do poder. O homem passa a manipular a mulher cobrando ausência e mostrando o quanto a casa anda mal cuidada e administrada. Nestas situações é preciso que fique claro que a responsabilidade da casa é de ambos e que tudo que gira em torno dela deve ser negociado: filhos, orçamento, despesas, responsabilidades, etc.

Tomam a decisão na hora do conflito

Os conflitos nunca podem ser resolvidos no mesmo nível de emoção em que foram criados. Troca de acusações falta de respeito, agressão física ou verbal, arrumar as coisas e ir embora na hora da briga podem fazer alguém tomar uma decisão impensada e, muita vezes, sem volta. Dependendo da situação, o outro pode não querer perdoar e o casamento acaba.

Flávia e Pablo estavam casados há quatro anos. Combinaram de passar o final de semana no campo. Acertaram que sairiam de viagem na sexta-feira após o expediente para poder aproveitar bem o passeio.

Durante o expediente Laura lembrou que na segunda-feira, logo cedo, teria uma reunião importante. Ligou para o salão de beleza e marcou um horário para fazer as unhas. O único horário disponível era às 18h. Fez as contas e pensou que certamente lá pelas 19:30 h estariam saindo. Deu tudo errado. A manicure atrasou e ela só chegou em casa perto das 21h. Pablo estava possesso. Ela percebeu que ele tinha bebido. Ele começou a agredi-la com palavras e a humilhá-la remexendo no passado. A discussão tomou um rumo inesperado. Ele arrumou suas coisas e foi sozinho para o apto do casal no litoral -dizendo que estava tudo acabado. No domingo voltou arrependido pedindo perdão. Ela não aceitou e o mandou embora de casa.

Um evolui, o outro estaciona

A estrutura do relacionamento pode ficar abalada quando um dos cônjuges passa a se destacar no trabalho ou na sociedade. Para aquele que cresce no seu campo de atuação o tempo passa a ser primordial no seu desenvolvimento, enquanto que para o que estaciona, o tempo vago começa a fazer eco com os pensamentos negativos. Enquanto um leva uma vida produtiva cheia de novidades o outro, uma vida vazia e de relacionamento limitado. O cônjuge passa a se tornar inseguro, desconfiado em relação à fidelidade, começa a cobrar mais presença, a desqualificar o trabalho, a criticar a forma de atuação ou performance pessoal, a insatisfação com relação ao lazer e ao sexo.

Quando ocorre este descompasso geralmente quem pede a separação é o cônjuge atuante porque não suporta mais conviver com alguém que só reclama e deixa de ser interessante porque não tem mais novidades para trocar na relação.

As limitações da individualidade

A individualidade deve ser preservada em cada detalhe. Muitas vezes, fazemos coisas contra a nossa vontade somente para agradar o outro. Essa prática constante tende a saturar o relacionamento porque você deixa de ser você mesmo para viver em função do outro. Sem perceber começam as implicâncias e as brigas que acabam virando rotina por causa do horário do banho, da toalha molhada em cima da cama, o jeito de comer, as coisas jogadas pela casa, porque o marido quer ir jogar futebol com os amigos e a mulher não gosta, porque ele não suporta que ela vá ao cinema com aquela amiga porque acha que ela é pouco confiável. As proibições contribuem para a perda da individualidade. É preciso dar ao outro a liberdade que se deseja para si. Sair com os amigos, ir ao shopping, o direito de ficar a sós consigo mesmo, trabalhar, fazer um curso, para quando estiverem juntos terem conteúdo para trocar e não ficar apenas lamentando a vida cotidiana ou falando das frustrações do passado.

Rotina

O desgaste natural do dia-a-dia tem sido um dos principais motivos que levam a rotina a se instalar no relacionamento. A rotina quase sempre dá segurança, ou seja, você pensa que com o outro está tudo bem. Cada um vai levando a sua vida, trabalhando, correndo atrás dos seus objetivos e sonhos e, quase sempre, o susto é grande quando um chega e diz: “não dá mais…”

Quando olham para trás percebem que, no final do dia, enquanto um assistia tv o outro lia o jornal. Não havia diálogo, se respeitavam, não brigavam, deitavam, eventualmente transavam e nos dias seguintes a história se repetia tornando a situação sufocante. A relação passa a ficar monótona, chata e sem graça e, muitas vezes, o mais incomodado resolve cair fora sem ao menos conversar e tentar realinhar o relacionamento conjugal.

Falta de objetivos

Muitas vezes a rotina se instala na relação justamente pela falta de objetivos. Estabelecer metas a curto, médio e longo prazo significa enviar ao outro inconscientemente o desejo de permanecer junto à pessoa amada. Representa que estão pactuando que, enquanto existir uma meta a ser alcançada o relacionamento estará sendo preservado.

Muitos cônjuges se sentem inseguros e acham que a relação vive na corda bamba quando percebem que o outro não manifesta interesse em criar objetivos comuns.

Falta de romantismo

É uma das grandes queixas das mulheres. A mulher costuma idealizar demais. Sonha com um homem que proporcionará um jantar a luz de velas com pétalas de rosas espalhadas desde a mesa do jantar até o ninho de amor. Espera encontrar um bilhetinho apaixonado, um CD gravado com as suas músicas preferidas e, um dia, desiste de esperar. É preciso lembrar que as pessoas têm temperamentos, maneiras de ser e é impossível mudar o outro. Muitas vezes, esquecem que é preciso dar para poder receber. Mostrar, falar sobre o que gosta, lembrar que um clima de romantismo não combina com brigas e agressões.

Ausência de diálogo

A comunicação é vital na nossa vida. Ela pode ser verbal ou não-verbal. Muitos casais se comunicam através de queixas, quando ambos sempre colocam os acontecimentos negativos em primeiro plano. Outros esperam que o conjugue tente adivinhar o que está querendo, ou seja, as mensagens não são claras. Quando algo vai mal é preciso dar tempo ao tempo, achar o momento ideal para conversar ou esclarecer algum mal-entendido. A comunicação precisa ser realizada de forma clara, honesta e objetiva, pois o outro não tem bola de cristal para poder realizar seus desejos.

Quando os cônjuges se fecham em um castelo de segredos, cada um no seu mundinho, fica difícil para a outra parte descobrir qual o meio mais conveniente e eficiente de atacar os problemas e solucionar os conflitos. O casal precisa criar o hábito de sentar e conversar diariamente pelo menos por quinze minutos. Quebrar o silêncio e falar das suas inquietudes, dos seus sonhos, dos fracassos, contar como foi o seu dia.

Certamente, além de se conhecerem melhor, estarão fortalecendo o vínculo.

A ausência de diálogo fatalmente leva ao distanciamento onde cada um passa a viver seu mundo independente abrindo a porta para a infidelidade.

Traição

Como vivemos numa sociedade essencialmente machista, a primeira reação de quem é traído é pensar em se separar. Geralmente o traído acusa o outro e esquece de questionar os motivos que levaram o cônjuge a se envolver com uma terceira pessoa.

Até que ponto ele deixou faltar carinho, diálogo, não foi companheiro e cúmplice, passou a pensar somente na sua carreira, se fechou no seu mundo e depois que o fato aconteceu só sabe acusar e é incapaz de se perdoar e tentar perdoar as falhas e os erros de quem, muitas vezes, está arrependido do ato que cometeu.

Quase sempre quando homem é traído ele opta pela separação. A mulher aceita com mais facilidade a traição masculina e prefere não quebrar a estrutura familiar. No entanto, muitos casais quando percebem que ainda existe amor preferem trabalhar a reconstrução do casamento.

Dificuldades na cama

As insatisfações e as queixas sobre sexo são muitas. Mais de 60% das separações conjugais se devem aos problemas sexuais. Algumas pessoas insatisfeitas com a vida sexual criticam o parceiro destrutivamente. As mulheres costumam reclamar da falta de carinho e que o parceiro quer sexo direto sem as carícias preliminares. Ou então dizem que o parceiro faz uma conexão direta entre o carinho e o sexo. Se ele faz um carinho, quer sexo. Falta diálogo sobre as questões sexuais, conversas sobre fantasias ou sobre o que gostariam de fazer na cama.

Alguns parceiros decidem se separar quando começam a apresentar alguma disfunção sexual porque acreditam que o outro fatalmente irá buscar prazer fora do casamento.

A vida sexual tem fator decisivo na estabilidade do casal e ambos se ressentem quando percebem que tinham um relacionamento sexual mais colorido na época do namoro. Com a convivência ambos passam a se cuidar menos como se já não precisassem mais conquistar o outro. A conquista deve ser diária.

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