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A cada dia que passa mais e mais pessoas estão preferindo viver só. Elas se esquivam de relacionamentos duradouros e sérios porque se sentem vigiadas, presas, sufocadas e controladas. Muitas vezes, ficam totalmente à mercê dos parceiros porque estes morrem de medo de ser traídos.

Quando pensamentos obsessivos passam a tomar conta do comportamento de alguém, o sofrimento e o mal estar são inevitáveis. Em vez de estar no comando da própria vida, você sufoca o outro e, acaba se perdendo de si mesmo e se torna refém de emoções indesejadas.

Ninguém suporta viver aprisionado sabendo que tem seus passos vigiados. Quem pensa que tem o domínio sobre o outro tem a sensação equivocada de segurança. Passa mais tempo pensando em como controlar a pessoa amada e esquece de viver a própria vida. Este tipo de comportamento, inevitavelmente, leva ao sofrimento, gera decepção e a uma vontade louca de se ver livre das amarras.

Todos nós queremos amar e ser amados e, principalmente queremos ser aceitos como somos. Quando entramos num relacionamento trazendo mágoas, ressentimentos e frustrações de relacionamentos anteriores, certamente, acabamos sendo vítimas de nós mesmos. Em vez de focar a energia no amor e na nova relação, inconscientemente, alimentamos nossos pensamentos com temores do passado.

Homens e mulheres que deixaram para trás uma relação castradora, cheia de cobranças, críticas e desentendimentos, perceberam que deixaram de fazer o que mais gostavam como: dançar, sorrir, estar com os amigos tão somente para assegurar aos parceiros a garantia da sua fidelidade. Havia muita pressão, frustração e cobranças. Pouco respeito um pelo outro e pelo próprio relacionamento.

Por que tantos casais que tinham tudo para dar certo estão se separando? Por que, as pessoas estão com medo de se relacionar e, quando o fazem, tem comportamentos doentios, com sentimento de posse total Por que, cada vez menos, encontramos casais realmente felizes juntos há 5, 10, 15 ou 20 anos?

As respostas podem ser muitas, no entanto, por imaturidade, pela falta de diálogo ou pela pressa em consumar a relação, esquecemos que o amor precisa de convivência.

A paixão a loucura e a obsessão são três dos mais perigosos ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos por causa da velocidade das informações.

Tudo acontece muito rapidamente. Criamos uma expectativa exagerada já primeiro encontro. Idealizamos um ser perfeito. Trocamos beijos à tarde, sexo à noite e imediatamente transferimos todas as nossas carências para o objeto da nossa paixão. Apostamos todas as nossas fichas em alguém que mal conhecemos e esperamos que ele nos faça muito feliz. Despejamos na relação nossas neuroses e inseguranças. Pouco tempo depois, ainda sem chão, percebemos que o romance acabou.

Quem pula etapas se sente inseguro e passa a exigir do parceiro mais do que ele pode dar. O casal precisa de um certo tempo para se conhecer melhor, paquerar, namorar, andar de mãos dadas, conversar mais sobre gostos e preferências, descobrir os hábitos e costumes do outro, conversar sobre as famílias, sobre o que esperam de um relacionamento. É preciso conversar abertamente sobre os programas com os amigos, sobre aqueles momentos em que se quer ficar sozinho, sobre relacionamentos pela internet, e, principalmente, deixar claro o que colocaria em risco a relação.

Cada fase deve ser curtida lentamente, prevalecendo sempre primeiro a amizade, o diálogo, o companheirismo, a cumplicidade, a confiança e a liberdade. Só assim, é possível fisgar alguém que diz não querer compromisso.

– Olha, eu vou ser sincero(a) com você. Não quero namoro sério. Não prometo nada.

Será?

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