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“Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida…”
(Soren Kiekegaard)

Ao longo dos anos que venho atuando como consultora em relacionamentos percebo o quanto as pessoas se tornam reféns do medo de amar.
Estou fazendo referência ao medo que impede a criação de vínculos reais entre duas pessoas. Do medo de compartilhar a vida e a intimidade com alguém especial. De um sentimento paralisante quando alimentado pelas decepções do passado.
Para muita gente falta coragem para transformar as dores do passado em lições, em aprendizado para que as experiências atuais ou as próximas,possam ser gratificantes.

Como ilustração acho oportuno mencionar a Fábula do Camundongo, cujo autor desconheço:

“Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera. Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
– Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo”.

É preciso coragem para romper com o que nos é imposto. Coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo. Caminhar para frente. Enfrentar as adversidades, vencendo os medos…

Por trás do medo de amar está o medo de sofrer. De ser rejeitado em algum momento, de ser abandonado. Então por medo de não sermos amados não amamos!

Talvez esta seja a hora de deixar cair as máscaras e ter coragem para assumir as próprias falhas. Parar de apontar no outro o que incomoda, como se ele fosse o responsável pelas suas mazelas e pelo seu medo de se entregar. A vida é um risco. Com medo de perder não se ganha… ou como dizia minha avó: “quem não arrisca, não petisca”

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