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O descontrole emocional dá vida ao animal selvagem que habita em nós

Muitas pessoas usam o charme, a intimidação, a manipulação e a violência para controlar os outros e para satisfazer suas próprias necessidades. Em sua falta de consciência e de sentimento pelos outros elas tomam friamente aquilo que desejam, violando os padrões éticos da sociedade sem o menor senso de culpa ou arrependimento.

O bicho homem tem sido temática de estudo das mais diversas áreas das ciências humanas e naturais. É uma espécie capaz de se encantar consigo próprio de tal modo a considerar-se acima do bem e do mal autoinstituindo direitos que extrapolam os limites. Um ser que vem se construindo há milênios de anos, mas que tem avançado pouco na sua consciência pessoal. A prova disto é que por um lado é capaz de consumir excessivamente sem se importar com alguém que bate à sua porta pedindo um prato de comida. Para muitas pessoas sobram recursos materiais, mas falta espírito de solidariedade, sentimento de humanidade quando não se aproveitam da situação para explorar a miséria alheia.

Através da história temos registros de como o homem sempre soube dominar o seu semelhante. O autodomínio ainda hoje é uma meta. O fato é que ainda se vê o ser rude esconder-se atrás da aparência social à espreita de uma oportunidade para mostrar as suas garras afiadas, seja por meio de uma discussão no trabalho, no trânsito, nas agressões verbais ou físicas dentro de casa entre marido e mulher ou pais e filhos.

O grau de hostilidade presente na personalidade do indivíduo tem um papel importante na saúde do corpo. As pessoas com emoções reprimidas sofrem mais e, num determinado momento, quando contrariadas, podem ter um acesso de fúria capaz até de romper relacionamentos. Mente e corpo são inseparáveis. Quando as emoções negativas ficam contidas, estas pessoas estão mais predispostas as doenças psicossomáticas.

Não podemos esquecer que a genética, o abuso de drogas, a agressividade e o crime estão interligados. O meio em que se vive e os genes agem em conjunto ao longo do desenvolvimento de um ser humano para gerar alguns fatores que determinam a personalidade e definem a maneira como ele interage na sociedade. O entorpecimento psicológico turva a mente de quem se acomoda e pouco luta em seu próprio favor porque crê que os outros são culpados pelo tipo de vida que está levando.

Somos criaturas mutantes em constante processo de evolução. Seja por nossas ações ou não, ainda que em grande parte inconscientes. A cada amanhecer podemos escolher se queremos passar o dia alegres ou tristonhos. Podemos nos guiar pelo lado sombrio dos acontecimentos ou nos encantar com a beleza de uma flor, um bom dia desejado por um desconhecido ou por uma gentileza no trânsito. Somos sós, mas não vivemos sós. E é bem por isso que temos o livre arbítrio para moldar o nosso comportamento. Falta de educação, descontrole emocional e narcisismo pode acabar com a imagem de qualquer um. Por isso é preciso aprender a controlar o temperamento, levar em conta as conseqüências dos nossos atos, principalmente, quando se é contrariado na busca dos interesses próprios.

Para ilustrar o tema deste post, apresento uma história enviada por uma leitora. Suponho que seja um caso verídico, se não for, desconheço o autor.

Tudo começou quando um casal – um estrangeiro e uma linda jovem – entrou num restaurante muito elegante em São Paulo e sentou-se numa mesa que estava reservada para outras quatro pessoas.
Imediatamente foram alertados pelo garçom que seria preciso mudar de mesa. Inconformada, a moça reagiu dizendo: Seu mal educado, seu grosso. Tá pensando o quê?

Assustado, o funcionário chamou o maitre que, delicadamente, explicou que eles poderiam sentar-se numa mesa mais ao fundo do restaurante, de dois lugares, tão boa quanto a primeira e ao lado de uma grande personalidade do mundo político.

Acomodada na tal mesa, mas ainda inconformada com a troca, a jovem continuou a falar mal do garçom num tom de voz alto para que todos no local pudessem ouvir.

Até que um cliente bateu nas costas da moça e disse: A senhora poderia falar mais baixo e parar de humilhar o garçom? Ao que prontamente ela respondeu: Cala a boca, seu babaca! Injuriado, o cliente reagiu: Cala a boca você, sua garota de programa!

Sem pestanejar a garota jogou um copo de água no homem que revidou com outro, que em seguida recebeu um copo de vinho bem no meio do rosto revidado em seguida.
Vendo a cena o estrangeiro foi embora horrorizado seguido pela moça que saiu atrás xingando a todos.

Em função do triste espetáculo, o restaurante, preocupado com a sua imagem, pediu desculpas e não cobrou o vinho servido a boa parte dos clientes.

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