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A adolescência é uma etapa da vida cheia de mudanças. É tempo de experimentar, mudar e crescer. Ser adolescente é estar em constante transformação, vivendo uma metamorfose. Esta fase envolve toda a família e abrange a área biológica, psicológica e social.

Um belo dia, você chega em casa e se depara com uma cena digna de novela. Sua filhinha de 15 anos aos abraços e beijos com o namorado. Logo, invade a sua mente um turbilhão de pensamentos. “A minha menina, cresceu!”, “na minha época não era assim…” Certamente, naquela época não existia toda essa liberação sexual.

O que fazer?

O adolescente, muitas vezes, carece de maturidade para assumir as conseqüências das novas experiências e dos seus atos.

Quando surge “o ficar”, os primeiros namoricos, é preciso que o casal ou aquele que melhor se entende com o adolescente, se ofereça para ser seu confidente, seu melhor amigo. O segredo está em saber ouvir sobre as suas inquietações, sobre os seus sentimentos, avaliar se é um mero “ficar” ou uma paixão. Sutilmente tentar saber sobre a família, se estuda, que curso pretende fazer, os lugares que gosta de freqüentar, se fuma, bebe ou se faz uso de drogas.

Num segundo momento é hora de chamar as partes para um conhecimento mútuo e conversar abertamente. É preciso estabelecer algumas regras e mostrar que ainda são menores, logo, ainda estão sob a responsabilidade dos pais. Algumas regras são negociáveis, porém outras podem ser inegociáveis, de acordo com os princípios e valores da estrutura familiar.

Sabemos que, nos dias atuais, os pais são mais abertos e receptivos para conversar sobre as questões que envolvem o sexo, o uso de preservativos, gravidez, drogas e outros assuntos importantes.

No entanto, percebe-se que, mesmo na era da comunicação, ainda existe despreparo e resistência para um diálogo autêntico. Nem sempre é fácil acatar, aceitar e respeitar os sentimentos e as escolhas dos filhos adolescentes. Os pais têm a sensação de que os filhos ainda precisam deles para tudo, principalmente em situações importantes e, inconscientemente tentam protege-los.

Saber usar a diplomacia e trocar informações sobre o dia-a-dia, sobre as amizades, namoro, estudo, carreira, sexo é uma arte. Segundo uma pesquisa só 36% dos pais tem o hábito de dialogar com os filhos. Muitos pais confundem conversar com monólogos moralistas, broncas, tapas ou surras. É importante trocar com o filho suas próprias experiências, seus sentimentos, contar como lidou com eles e, inclusive, falar dos seus insucessos e dos fracassos amorosos. Mostrar que a vida é feita de ganhos e perdas e que o amor é um dos maiores anseios do ser humano. Só que para isso acontecer é preciso se permitir experimentar, “ficar”, namorar, se apaixonar e amar.

Cabe aos pais observar as atitudes e comportamentos do namorado(a) da(o) filha(o) e avaliar se é uma boa pessoa para poder deixar a relação fluir normalmente.
Caso contrário, o namoro jamais deve ser proibido, pois o adolescente apaixonado se sentirá humilhado, ressentido e, certamente, acusará os pais de sabotar a sua felicidade. Calmamente, a família deverá conversar sobre o problema e mostrar ao filho as conseqüências que enfrentará caso permaneça na relação.

Trazer o novo namorado para dormir em casa.Sim ou não?

A questão que envolve a permissão ou não para que os filhos durmam em casa com o seu par é sempre polêmica. Abrir a própria casa para o desabrochar da sexualidade dos filhos provoca uma reflexão sobre responsabilidade, educação dos filhos e sobre as próprias experiências sexuais vividas.

Hoje, estima-se que um em cada três adolescentes de classe média tem permissão para dormir na casa dos pais com o(a) namorado(a).

Alguns pais acreditam que desta forma tem controle da sexualidade do filho. Outros alegam reconhecer as necessidades do filho e optam por proporcionar um espaço seguro para que possa exercer sua sexualidade.
Muitos pais encaram a situação com normalidade e, diante da violência urbana, preferem saber que o filho está no quarto ao lado em segurança.

No entanto, muitos pais se sentem constrangidos e não admitem que o filho durma em casa com o seu par. Assim, o jovem se vê obrigado a iniciar sua sexualidade longe de casa e sem comentários a respeito.

A adolescência é uma fase, quase sempre, difícil. Os pais devem estar sempre orientando e tentando compreender o comportamento do jovem. E o adolescente deve respeitar o modo de pensar dos pais. Por isso, antes de aparecer em casa com o(a) namorado(a) o ideal é conversar com os pais e pedir o consentimento. Assim, evitará constrangimentos e saberá se irão dormir em quartos separados ou juntos.

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