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Todo mundo sabe reconhecer um indivíduo pegajoso. Aquele que gruda nas pessoas igual a um chiclete. Pode acontecer no círculo familiar: pai, mãe, filho, irmão, marido, esposa, namorado (a) ou no campo das amizades.
A pessoa invade o espaço. É insistente. Reclama o tempo inteiro por afeto e companhia. Liga no celular várias vezes ao dia. Faz um escândalo se não é atendida imediatamente no Messenger.

A pessoa excessivamente grudenta, quase sempre, é conhecida na roda dos amigos e na família como “mala”, “chiclete”, “chata”. Quem tem este perfil geralmente é uma pessoa insegura, carente e egoísta.

O egoísmo torna a pessoa insuportável – só vê o lado dela. Fala das suas necessidades, dos seus projetos, das suas vontades e não tem paciência para ouvir os outros. Cobra, mas nem sempre está disposta a se doar.

A insegurança gera a falsa sensação de que é possível controlar a vida das pessoas e a própria vida. Em geral essas pessoas não fazem nada importante sem consultar outras pessoas. O medo de sofrer faz com que peça ajuda para quase tudo. Na hora de comprar um bem material. Dificuldade para escolher entre um curso ou outro e até para fazer escolhas amorosas. A causa pode estar na infância. Pais excessivamente controladores e dominadores podem criar filhos nervosos, inseguros e egoístas.

Muitos relacionamentos amorosos acabam porque a pessoa grudenta sufoca e acaba se tornando controladora e sufocante ou satisfazendo todos os desejos do seu amor. “Benzinho, faço tudo por você”… O excesso de carência afasta a pessoa amada. Quem rasteja e se anula satisfazendo todos os desejos e caprichos, certamente, está pedindo para ser pisado. Todos nós queremos ser admirados e valorizados – dar e receber na mesma proporção. É preciso ter controle sobre as próprias emoções para poder conviver bem com as pessoas a sua volta. Excesso de dependência cria mal estar e baixa a autoestima. Quem não consegue conviver consigo mesmo o ideal é procurar ajuda profissional. Caso contrário, as pessoas a sua volta estarão sempre fugindo porque é muito difícil conviver com cobranças e patrulhamento.

É normal, às vezes, sentir carência, desejar estar com pessoas queridas, pedir um colo, ter dificuldade para receber alguma crítica.
Mas, para tudo existe um limite. É aí que entra o autoconhecimento. Conhecer-se, observar o próprio comportamento – como costuma interagir com as pessoas em geral.

Quer saber se você é uma pessoa “grudenta”?

Observe alguns sinais:

Você recorre a chantagem emocional quando os seus desejos não são
priorizados.

Invade a privacidade da pessoa amada bisbilhotando o Messenger e os emails.

Sente dificuldade para ficar sozinho.

No relacionamento amoroso: cobra demais, faz cenas de ciúme,
desconfia de tudo, briga sem motivo concreto, cobra presença, liga o tempo todo sem ter algo importante para dizer.

Magoa-se com muita facilidade.

Tem poucos amigos porque ninguém agüenta estar na companhia de uma pessoa que só fala de si mesma e não está disposta a ouvir o que os outros têm a dizer.

Necessita constantemente obter aprovação das pessoas para os seus feitos.

Insiste em correr atrás de quem lhe trata com frieza, indiferença ou até já lhe deu vários foras.

Fica enviando declarações de amor através do celular ou do email mesmo sabendo que a pessoa não está afim.

Perdeu a fé em si mesmo, a autoestima anda baixa e os convites para sair andam escassos.

Estamos nesta vida para servir, crescer e evoluir. Caso conclua que é uma pessoa grudenta, aproveite o momento para uma reflexão, talvez mudar o que for preciso.

Relacionar-se também é uma arte!

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