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A reação inicial dos mercados financeiros à vitória de Jair Bolsonaro, medida pelo comportamento das ações brasileiras no mercado asiático, foi espetacular. Aí o mercado abriu no Brasil, com uma alta significativa e o dólar com boa cotação, mas ao longo do dia isso foi diminuindo. O que aconteceu? Já acabou a lua de mel dos mercados financeiros com Bolsonaro? A resposta é não. O que aconteceu é que o mercado internacional, que já vinha piorando desde a semana passada, teve um sinal negativo importante. A inflação nos Estados Unidos teve uma alta que foi o dobro da expectativa de mercado. O resultado disso é que há uma preocupação maior com a subida de juros por lá, que acaba atraindo dinheiro de todo o mundo para ser investido por lá e com remuneração mais alta. O que mais me preocupa nesse momento é o cenário internacional, e não o brasileiro. Estamos no final de um ciclo de expansão da economia americana, que pode acabar a qualquer momento, e normalmente acaba com quedas substanciais da bolsa nos Estados Unidos e impactos em todo o mundo. O risco é significativo, e deve permanecer nos próximos anos.

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