Na mesma decisão em que determinou o arquivamento do inquérito sobre os “atos antidemocráticos”, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a abertura de um novo inquérito para apurar depósitos efetuados na conta da deputada federal paranaense Aline Sleutjes (PSL) por funcionários de seu gabinete. Sleutjes era uma das parlamentares envolvidas no inquérito e, durante a investigação agora arquivada, a Polícia Federal apontou a existência de indícios da prática, em tese, de infração penal pela deputada no recebimento de R$ 178 mil em suas contas bancárias a partir de depósitos de funcionários de seu gabinete.
Segundo a Polícia Federal, o chefe de gabinete da deputada teria feito transferências que somaram R$ 68 mil para a deputada, que, em depoimento disse tratar de reembolso pelo Tesouro de gastos do gabinete. Sobre um outro funcionário que depositou R$ 50 mil em diversas parcelas entre 2019 e 2020, a deputado alegou tratar-se do pagamento de um empréstimo financeiro que fez ao assessor no início do mandato. Sobre outros dois pagamentos recebidos de servidores de seu gabinete, de R$ 20 mil e de R$ 40 mil, a deputada informou não se recordar das motivações.
Em nota à coluna, Aline Sleutjes disse que ainda não tem conhecimento do novo inquérito. “Tive ciência ontem (01/07), através de alguns veículos de comunicação sobre a decisão do arquivamento do inquérito dos Atos Antidemocráticos, confirmando a ausência de qualquer prova contra mim. Contudo, logo após a determinação do arquivamento, o Ministro Alexandre de Moraes determinou abrir outro inquérito. Até o momento não fui notificada, sobre este novo inquérito, portanto não tenho ciência do teor desta nova investigação. Informo, por fim, que meu corpo jurídico quando ciente, prestará todas as informações necessárias para comprovar novamente minha inocência e restabelecer a verdade”, afirmou.
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