Enquanto governadores de 21 estados saíram da reunião desta segunda-feira (23) do Fórum Nacional dos Governadores com a decisão de solicitar uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar diminuir a crise institucional entre os poderes, o vice-governador do Paraná, Darci Piana, representante do estado no encontro defendeu que não se politize a tensão entre os poderes após Bolsonaro pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e de a Polícia Federal deflagrar uma operação que investiga a incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Darci Piana participou da reunião, representando o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) que alegou incompatibilidade de agenda. Na manhã desta segunda-feira, enquanto os governadores estavam reunidos por videoconferência, o governador participou de evento de liberação de empreendimentos do programa Casa Fácil. Além de Ratinho Junior, não participaram do encontro os governadores do Ceará e Rio Grande do Norte, também representados por seus vices, e de Amazonas e Tocantins, que sequer enviaram representantes.
“Acompanhei a reunião dos governadores de todos os estados e do Distrito Federal realizada na manhã de hoje, a pedido do governador Ratinho Junior, que não pôde participar da reunião em razão do lançamento do Casa Fácil, o maior programa habitacional do Brasil”, publicou Darci Piana em nota nas redes sociais. “Equilíbrio, discernimento, ponderação, razoabilidade, sensatez e outros tantos substantivos correlatos, do campo semântico de ‘bom senso’, devem ser o norte de todos os gestores públicos. Como não poderia deixar de ser, são essas as premissas do governo do Paraná. Não há que se politizar o que não deve ser politizado”, concluiu.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Ratinho Junior tem evitado se posicionar nos recentes atritos entre Bolsonaro e os governadores. Não subscreveu documentos dos chefes dos Executivos estaduais cobrando o governo federal sobre medidas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, nem a carta que cobrou o fornecimento de vacinas, assim como não entrou na recente discussão acerca de tributos estaduais, justificativa de Bolsonaro para o alto preço dos combustíveis. As únicas vezes que o governador do Paraná uniu-se aos demais governadores contra o Governo Federal foi para assinar carta questionando dados divulgados por Bolsonaro sobre repasses da União aos estados e para defender a manutenção do auxílio emergencial.
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