Enquanto as principais lideranças de DEM e PSL celebravam o resultado das convenções dos dois partidos, que aprovaram a fusão das siglas, criando o União Brasil - maior partido do país -, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM) reagiu ao anúncio da fusão com ar de resignação. “Por enquanto, nada muda. A previsão é de que a homologação da nova legenda ocorra em janeiro e, até lá, diretórios tanto do DEM quanto do PSL continuarão existindo e exercendo suas atividades. Aguardaremos a conclusão do processo de fusão para decidir sobre nosso futuro”.
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Com a informação de que o deputado estadual Fernando Francischini (PSL) presidirá o novo partido no estado, deputados e vereadores de DEM e PSL já dão como certa a saída de Greca da legenda – o prefeito e Francischini foram adversários nas eleições municipais do ano passado, com o deputado do PSL fazendo diversas acusações e ataques ao prefeito, que acabou reeleito.
Greca não tem pressa para definir seu futuro partidário. Ele deve seguir no DEM até a virada do ano, enquanto avalia os convites que já estão surgindo. Um dos possíveis destinos do prefeito é o PSD, do governador Carlos Massa Ratinho Junior, de quem se aproximou para as eleições do ano passado. A aliança foi decisiva para a vitória no primeiro turno. O convite ao prefeito já teria sido feito e o trabalho de convencimento estaria a cargo do vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), que embarcou na sigla ao deixar o PSDB, no ano passado. Foi ele, aliás, quem alinhavou a aliança com o governador.
"Gosto da ideia", resumiu Pimentel, procurado pela coluna. "Seria uma grande aquisição para o PSD e fortaleceria ainda mais a parceria entre a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Estado”. Segundo o neto do ex-governador Paulo Pimentel, "o prefeito é um grande gestor, tem uma ótima avaliação, é uma grande liderança nacional, fortaleceria muito o partido. Mas sei que tudo tem seu tempo".
Francischini reconhece não ter clima para Greca no partido
O futuro presidente do União Brasil, Fernando Francischini (PSL) disse à coluna que articulou com o presidente estadual do DEM, Pedro Lupion (que será secretário-geral da nova legenda), para que seja feito um convite formal para que Greca siga no partido. No entanto ele reconhece não haver clima para a permanência do prefeito da capital na sigla e classificou como natural uma eventual decisão de procurar uma alternativa.
Francischini, no entanto, deixou claro não estar muito preocupado com a permanência ou não de Greca e de alguns aliados do prefeito que podem segui-lo para uma nova legenda. “O partido nasce gigante. Além da maior bancada da Câmara, com 82 deputados, o União Brasil conta com sete senadores, quatro governadores e 554 prefeitos. No Paraná, são 50 prefeitos, 56 vice-prefeitos, 450 vereadores, 4 deputados federais e 12 deputados estaduais”, destacou.
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