• Carregando...
O ex-procurador Deltan Dallagnol
O ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol é candidato a deputado federal| Foto: Gazeta do Povo

O candidato a deputado federal pelo PL Oduwaldo Calixto ingressou com ação de impugnação à candidatura de Deltan Dallagnol (Podemos) também a deputado federal. Na contestação ao registro de candidatura do ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Calixto alega que Deltan não preencheria dois requisitos para fins de deferimento de sua candidatura: estaria com contas desaprovadas no Tribunal de Contas da União (TCU), além de ausência do requisito de “moralidade administrativa”, por causa de processos em que o ex-procurador está envolvido.

RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp

A primeira alegação da impugnação é o fato de Deltan ter sido condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a devolver, solidariamente com o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e com o ex-chefe do MPF no Paraná, João Vicente Beraldo Romão, R$ 2,8 milhões aos cofres públicos referentes a pagamento de diárias consideras irregulares pelo Tribunal. Para Calixto, a decisão do TCU em tomada de contas especial torna Dallagnol inelegível, uma vez que são considerados inelegíveis os agentes públicos com contas julgadas irregulares.

Leia mais sobre as Eleições 2022 no Paraná

Entre os argumentos utilizados pelo candidato do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para impugnar Dallagnol está a alegação de que o ex-procurador praticou lawfare (perseguição jurídica) e ofendeu a honra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o impugnante, a condenação de Deltan a pagar indenização a Lula por conta da coletiva de imprensa realizada por ocasião de apresentação de denúncia contra o ex-presidente, que foi considerada, pelo Superior Tribunal de Justiça como “ofensiva e não técnica, com descrição de crimes que sequer constavam na denúncia apresentada”, também seria motivo para se considerar Deltan inelegível.

Calixto ainda questiona a realização de campanha de arrecadação de doações por Deltan antes do registro de candidatura, a promoção pessoal em site antes do início da campanha (que é alvo de uma representação eleitoral, em separado, contra o candidato) e, até, as mensagens vazadas de conversas entre os procuradores da Lava Jato e entre Deltan e o ex-juiz Sergio Moro, como motivos para o indeferimento da candidatura do ex-procurador.

Procurado, Deltan Dallagnol informou, através da assessoria de imprensa, que não comentaria a impugnação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]