O anteprojeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 prevê R$ 2,5 bilhões em despesas ainda sem previsão de receitas para cobri-las. É a segunda vez que a Secretaria de Estado da Fazenda apresenta uma LDO deficitária. A previsão pessimista de arrecadação tem sido a marca do atual governo que conta, assim, com um acréscimo nas receitas para saldar esses gastos não contemplados no Orçamento inicial. Mas na LDO deste ano, um dado chamou a atenção na justificativa da estimativa modesta de receitas: o Estado prevê PIB (Produto Interno Bruto) negativo em 2022.
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“Expostos os fatores que podem afetar os agregados macroeconômicos nacionais em 2022 e 2023, chama-se a atenção para as expectativas do comportamento da economia paranaense nos exercícios em questão. Primeiramente, destacam-se as projeções do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para o PIB do estado entre os anos de 2020 e 2025. Destarte, em sentido contrário das expectativas para o Brasil, denota-se que para 2022 o Ipardes estima uma retração econômica de -1% em relação a 2021, cujo crescimento estimado foi de 3,9%, após o processo de recuperação dos efeitos da pandemia”, cita um dos anexos apresentados pelo governo junto com o anteprojeto, lembrando que a projeção para o PIB nacional é de crescimento de 1,4% a 1,6% neste ano.
Dentre os fatores que, de acordo com a Secretaria da Fazenda, explicam a queda do PIB estadual estão os efeitos da estiagem sobre a produção agropecuária. “Considerando apenas a soja, principal item da pauta agrícola do Estado, estima-se um recuo de -35,2% da produção no presente exercício comparativamente a 2021, segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB)”, sustenta o anexo da LDO.
Ainda por conta do regime de chuvas inferior aos níveis históricos, o Estado prevê impactos significativos na produção e no custo da energia. “Na projeção do PIB do atual exercício foi considerada ainda uma diminuição do ritmo de crescimento da indústria de transformação, não obstante a preservação de resultados positivos (...) No modelo utilizado para a projeção do PIB de 2022 foram imputadas variações reais positivas moderadas do comércio e dos serviços, refletindo, por um lado, a gradual recuperação do nível de atividade posteriormente aos baixos níveis observados durante a fase mais aguda da pandemia, embora limitada, pelo lado oposto, pela preocupante condição da absorção doméstica”, sustenta o Ipardes, que prevê para 2023, crescimento de 3,5% no PIB, “derivado principalmente de uma base de comparação deprimida referente a 2022, considerando ainda um quadro de relativa normalidade climática”.
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