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Sergio Moro
| Foto: Joédson Alves/EFE

Mesmo não sendo ano eleitoral, 2021 foi um ano movimentando politicamente. A pandemia de Covid-19 e o fim dos contratos de concessão das rodovias paranaenses foram dois dos principais temas debatidos no estado, e que colocaram sob os holofotes as autoridades diretamente envolvidas com os temas. Mas o ano também teve polêmicas nacionais com reflexo no estado e articulações políticas já visando 2022. Confira as cinco personalidades políticas que mais foram notícia em 2021:

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Sergio Moro

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro
O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro| Rodrigo Sierpinski/Gazeta do Povo

O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro talvez tenha sido o fato político de 2021. Sua filiação ao Podemos, em novembro, e sua pré-candidatura à Presidência da República, movimentaram o quadro político nacional, com o surgimento de mais um nome que tenta se viabilizar como a “terceira via” diante da polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sua pré-candidatura também influencia o morno cenário eleitoral paranaense, com a necessidade de construção de um palanque local para o presidenciável. Desde que decidiu ingressar, de vez, na política, o ex-juiz é destaque quase que diário no noticiário e, sem dúvida, um dos paranaenses mais em evidência nesta virada de ano.

Ratinho Junior

Ratinho Junior corona
Governador Ratinho Junior (PSD) em anúncio de medidas de enfrentamento à pandemia.| Rodrigo Felix Leal / AEN

Governando praticamente sem oposição (a bancada de oposição na Assembleia, em número, não é suficiente nem para conseguir propor uma CPI, por exemplo), o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) passou pelo turbulento ano de 2021 sem muito prejuízo à sua imagem. Criticado, muitas vezes, por omissão, ao não se posicionar nos embates entre os governadores e o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ratinho Junior conseguiu tirar proveito desta postura, conquistando importantes investimentos federais no estado. A principal conquista, no entanto, foi o convencimento do presidente da República para alterar o modelo de pedágio, fazendo, no Paraná, uma modelagem diferente de todo o restante do país. O governador enfrentou algumas pequenas crises como na Educação e na Segurança Pública, além, é claro, de todos os problemas causados pela pandemia de Covid-19, mas termina o ano bem avaliado e sem ver um rival despontar para a eleição de 2022.

Beto Preto

| AEN

Quando renunciou à Prefeitura de Apucarana para aceitar o convite para assumir a Secretaria de Estado da Saúde, em 2019, Beto Preto trocou um cargo eletivo, de chefe do Executivo municipal, por um cargo técnico, de bastidores, sem muito destaque perante o público, apesar de estar administrando um dos principais orçamentos do estado. Mas a pandemia de Covid-19 o transformou numa das figuras públicas mais conhecidas dos últimos dois anos. Com aparições quase diárias para explicar os números, fazer alertas, justificar medidas de restrição, receber e distribuir vacinas, o secretário de saúde foi uma das principais vidraças da crise sanitária enfrentada pelo estado e o principal porta-voz do governo para todas as decisões tomadas acerca da pandemia, blindando, muitas vezes, o próprio governador das críticas mais pesadas.

Sandro Alex

| Geraldo Bubniak / AEN

Com os números da pandemia sendo controlados a partir da vacinação, o principal assunto do paranaense, principalmente, no segundo semestre de 2021, foi o pedágio. A aproximação do fim dos contratos de 1997 e a indefinição sobre o novo modelo de licitação a ser adotado colocaram em destaque a figura do Secretário de Estado da Infraestrutura, Sandro Alex. Do embate inicial com a Assembleia Legislativa às difíceis negociações com o Ministério da Infraestrutura para a definição da modelagem, Sandro Alex foi o braço direito de Ratinho Junior na delicada condução do processo do novo pedágio e na não menos crítica conclusão dos contratos anteriores, com obras atrasadas, acordos judiciais e soluções emergenciais para a conservação das estradas e atendimento ao usuário no período de um ano sem concessão que o estado precisará atravessar pelo atraso na nova licitação.

Ricardo Barros

Ricardo Barros
O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.| Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

Polêmica não faltou para o líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP), em 2021. Envolvido em denúncia sobre superfaturamento na compra de vacinas, o deputado precisou prestar depoimento na CPI da Covid-19, que acabou pedindo seu indiciamento no relatório final. Barros também terminou o ano se tornando réu em mais um processo, desdobramento da Operação Lava Jato, em que é acusado de cobrar propina para viabilizar a compra de duas usinas eólicas da Galvão Engenharia pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), quando foi secretário de Indústria e Comércio do governo Beto Richa. Apesar das polêmicas, o deputado federal segue prestigiado no Planalto, principalmente por conta de sua desenvoltura nas articulações do Congresso Nacional, tendo papel fundamental, por exemplo, na aprovação da PEC dos Precatórios, que viabilizou o programa Auxílio Brasil.

Requião, Francischini e Dallagnol também tiveram seus momentos

Outros três nomes merecem “menção honrosa” neste ranking. Fernando Francischini (PSL) começou o ano como presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, liderando a maior bancada do estado e encaminhado para presidir o União Brasil, partido a ser formado em 2022 a partir da fusão do PSL com o DEM. Mas acaba o ano sem mandato, cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder político e dos meios de comunicação por ter divulgado fake news sobre as urnas eletrônicas nas eleições de 2018.

Roberto Requião, mesmo sem nenhum cargo eletivo, também protagonizou momentos importantes. O ex-governador e ex-senador foi derrotado pelo deputado estadual Anibeli Neto na convenção do MDB e se desfiliou do partido que ajudou a fundar. Cobiçado por algumas das legendas de oposição, Requião é o único nome que tenta desafiar o governador Ratinho Junior no momento.

E, no final do ano, um novo político surgiu no estado, com potencial para ser um puxador de votos nas eleições proporcionais de 2022. Seguindo o caminho de Sergio Moro, o ex-coordenador da força-tarefa da lava Jato Deltan Dallagnol pediu exoneração do Ministério Público Federal para se filiar ao Podemos e despontar como pré-candidato do partido a deputado federal.

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