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Deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) teve o sigilo quebrado pelo STF quando era senadora.
Deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A bancada de deputados federais do PT reúne-se às 15h desta segunda-feira para discutir a adesão ao bloco de apoio à candidatura de Baleia Rossi (MDB) à presidência da Câmara dos Deputados. A adesão do PT, maior bancada, ao lado do PSL, com 53 deputados)  é vista como decisiva para que o grupo liderado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM) derrote Arthur Lira (PP), nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas o apoio constrange parte do partido, por ver a legenda se aliando a siglas que foram decisivas para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Para a presidente nacional do PT, a deputada federal paranaense Gleisi Hoffmann, o partido precisa ser pragmático para derrotar a candidatura apoiada por Bolsonaro. “A nossa preocupação principal é derrotar o Bolsonaro na Câmara, porque achamos que se Bolsonaro tiver o comando da instituição, ocupar os espaços institucionais da Câmara, inclusive a presidência, e outros cargos importantes, a pauta dos retrocessos vai ser a pauta preponderante. Precisamos impedir isso. Por isso fizemos o bloco e, por isso estamos discutindo a possibilidade de apoio ao Baleia”, disse à coluna.

Mas, tendo a maior bancada e liderando a oposição, o PT cobra de Baleia Rossi a incorporação de pautas da oposição a sua agenda para o Legislativo. “Mas queremos alguns compromissos políticos também, que levem em consideração a vida do povo, como garantir a vacinação para todos, garantir a renda emergencial novamente, se Bolsonaro não tomar nenhuma iniciativa agora em janeiro, garantir segurança alimentar com ações que protejam a agricultura familiar, ter imposto sobre os mais ricos, para ter resposta fiscal e financiar projetos para os mais pobres. Assim como a questão do patrimônio e da soberania nacional”, disse.

Outra exigência da oposição para embarcar na candidatura de Baleia Rossi é que seja respeitada as proporcionalidades partidárias nas composições da Mesa e das comissões, bem como atuações para a garantia de espaço regimental . “Colocamos, também a necessidade de termos as ferramentas para a contenção das loucuras que Bolsonaro possa fazer. Ou seja: a gente, tendo condições objetivas e as assinaturas, instalar CPI, convocar ministros, ter decreto legislativo e não abrir mão de nenhum instrumento constitucional. Inclusive, avaliar os crimes por ação ou omissão dos membros do Executivo, o que inclui o impeachment” afirmou.

Gleisi disse esperar ter as repostas de Baleia Rossi sobre esses compromissos ainda antes da reunião da bancada, para que o partido decida por não lançar candidatura própria e fechar com o emedebista. “São esses pontos que a gente está fechando, conversando, para poder avançar num acordo e, aí, a oposição não teria candidatura, a gente fecharia com o Baleia, mas ainda dependemos das respostas a esses compromissos e da reunião de bancada que faremos à tarde. No final do dia de hoje, saberemos o quanto progredimos”, concluiu.

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