O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) surpreendeu quem acompanhou a convenção do PSD neste sábado e posicionou-se claramente sobre seu candidato ao Senado nas eleições de outubro. Com quatro candidaturas ao Senado integrando sua chapa majoritária, apostava-se que o governador optaria pela neutralidade, pelo menos publicamente, para manter unido todo o grupo político que apoia a sua reeleição. Mas Ratinho Junior deixou claro, na entrevista coletiva que concedeu antes de discursar para mais de 5 mil apoiadores na convenção, que tem um candidato preferido:
“Temos uma aliança muito ampla, com partidos que têm candidatos a presidente e têm candidatos a senador, mas estão imbuídos junto com a gente nesse projeto para o estado. Respeitamos todas essas candidaturas. Eu tenho um candidato pessoal, que está sendo construído, que é o Paulo Martins (PL), que vai ser homologada ainda a sua candidaturas. E a gente espera que a gente consiga trabalhar desta forma unida, pensando no Paraná e com bons representantes no Senador”, disse o governador.
A declaração pegou de surpresa dois dos candidatos ao Senado que já aguardavam o governador no palco da convenção enquanto ele concedia a entrevista: Orlando Pessuti (MDB) e Guto Silva (PP) que ficaram sabendo do pronunciamento público do governador em apoio a um adversário, só depois de participarem do ato político, ao lado de Ratinho Junior, e de Paulo Martins. Também pré-candidato ao Senado na chapa majoritária do governador, Sergio Moro (União) não compareceu à convenção do PSD. A quinta candidatura na mesma chapa foi confirmada na tarde deste sábado (30), quando o Pros realizou sua convenção, lançou a deputada federal Aline Sleutjes ao Senado e definiu pela aliança com Ratinho Junior.
Pessuti minimizou o impacto da declaração de Ratinho. “Não é o ideal, se tem mais de um candidato na chapa, o que também acho que deveria ter sido resolvido antes, lá em março para sairmos unidos, esperaria a neutralidade do governador. Mas, para o Paulo Martins torna-se viável, ele precisa da máquina, do estado e federal. Eu não preciso. Eu tenho história, tenho amigos e apoiadores no estado todo”, disse.
Já Guto Silva, ex-chefe da Casa Civil de Ratinho Junior, não escondeu a frustração. “Se esse for o encaminhamento, fica difícil avançar. Não ouvi o pronunciamento dele, vamos conversar para ver qual o melhor caminho”, disse. Para o deputado estadual, as candidaturas ao Senado ainda não estão definidas. “O objetivo principal era manter uma aliança forte e consistente para a disputa pelo Governo do Estado. A questão da chapa majoritária com várias candidaturas é uma inovação, ainda estamos aprendendo e entendendo como vão ser costuradas as candidaturas. Temos que ter inteligência para construir esse palanque não muito fragmentado para não dar chance à oposição. Mas é difícil achar uma alternativa, em função dos partidos, já que todos querem se posicionar”, disse, apostando em surpresas até o final do período de convenções, dia 5 de agosto.
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