Ainda sem dar uma declaração oficial em defesa de um modelo de pedágio com menor tarifa e o pagamento de uma caução como garantia, que passou a ser defendido por seu secretário de Infraestrutura, Sandro Alex, como a proposta do Paraná para as novas concessões rodoviárias, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) deu a entender, nesta sexta-feira (23), que não aceitará a proposta de modelo híbrido com a qual trabalha o governo federal. E o fez de uma maneira áspera, ao afirmar que o Paraná vem sendo "estuprado" pelo atual modelo de pedágio.
“Estamos conversando muito com o Ministério da Infraestrutura, que é o responsável para fazer toda a modelagem, mas temos colocado um posicionamento muito claro. Porque o Paraná foi, desculpe a expressão, estuprado, nos últimos 24 anos, por esse modelo de pedágio. Eu não vou admitir mais isso. A população também não admite”, disse o governador. “Então, a exigência que eu fiz, para o governo federal e para o ministro é de tarifa mais baixa, tem que ter muita obra e tem que ser na bolsa de valores, para empresas picaretas não participarem deste leilão”, concluiu.
As declarações de Ratinho Junior ocorreram em entrevista coletiva após o lançamento de obras de modernização rodoviária na PR-323, em Umuarama, no noroeste do Paraná e foram registradas pela RPC.
O governo do Paraná vinha trabalhando em sintonia com o Ministério da Infraestrutura no modelo híbrido proposto pelo governo federal. A resistência do setor produtivo do estado, dos deputados paranaenses e da população em geral, externadas nas audiências públicas promovidas para debater as novas concessões, no entanto, fizeram o governo rever sua posição e encampar a proposta defendida pelo G7, o grupo de representantes do setor produtivo, de um leilão com menor tarifa com um depósito de caução como garantia dos investimentos necessários.
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