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Deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
Deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).| Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

"Não há razão para o governo vacinar quem tem plano de saúde". Com essa afirmação, o líder do governo na Câmara, deputado paranaense Ricardo Barros (PP) defendeu o projeto que começou a tramitar na Casa que autoriza os estados, os municípios e o setor privado a adquirirem vacinas contra a Covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil.

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De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o projeto, já aprovado pelo Senado, seria uma solução para a importação por exemplo, da vacina produzida pela Pfizer, uma vez que o governo federal recusa-se a assinar o protocolo de responsabilidade exigido pela empresa. Com a lei, estados, municípios ou a iniciativa privada podem assumir tal responsabilidade se assim decidirem.

O texto aprovado pelo Senado prevê que, no caso do setor privado, as doses compradas deverão ser integralmente doadas ao Sistema Único de Saúde. O líder do governo na Câmara, deputado paranaense Ricardo Barros (PP) defende a aprovação da proposta, mas sugere a revisão deste dispositivo para que a iniciativa privada tenha, de fato, interesse na aquisição das doses. “Nós vamos avançar no Plano Nacional de Imunização e os estados e municípios evidentemente poderiam comprar, como as instituições particulares também. Nós temos 50 milhões de pessoas que têm planos de saúde no país e não há razão para o governo vacinar essas pessoas. Os planos de saúde podem vacinar, mas não temos regra ainda para compra de vacina pelo setor privado e nem temos oferta de vacinas mundialmente. Esse processo de vacinação vai ter uma evolução natural e com o tempo, na minha expectativa até setembro, todos os brasileiros serão vacinados”, afirmou à coluna.

Barros criticou o ritmo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a aprovação de vacinas no país (apenas Pfizer e as duas que estão sendo utilizadas no Plano Nacional de Imunização, Coronavac e Astrazeneca têm autorização da Anvisa), mas disse que o Brasil “vai muito bem” em número de vacinados e no controle da pandemia. “Eu já manifestei abertamente a minha insatisfação com o ritmo que a Anvisa trata a emergência, a pandemia, se tivesse aprovado outras vacinas nós já não teríamos esse momento de esgotamento dos estoques de vacina. Mas o Brasil vai muito bem, é o 23º colocado em mortes por milhão, portanto há muitos países com problemas mais sérios que o Brasil, e também é dos primeiros colocados em números de vacinados. Há mais de 5 milhões de pessoas vacinadas no Brasil. Então, apesar de toda a versão de que está tudo atrasado, o Brasil, se você olhar do ponto de vista de mortes por milhão, que são os cuidados com os que pegam a Covid, e o número de pessoas vacinadas, nós estamos muito bem no contexto mundial”, afirmou.

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