A declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) que afirmou, na última quarta-feira (11) que seu pré-candidato ao Senado no Paraná é o deputado federal Paulo Martins (PL) mexeu no tabuleiro da corrida eleitoral no Paraná. A declaração foi interpretada de várias formas pelos articuladores da coligação entre o presidente e o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), mas todos concordaram que a fala soou como um veto do presidente ao senador Alvaro Dias (Podemos) e um balde de água fria nas pretensões de Guto Silva (PP) e Aline Sleutjes (Pros) que, agora, correm por fora na construção de suas candidaturas. Os dois pré-candidatos, no entanto, seguem em pré-campanha e minimizam os efeitos da declaração de Bolsonaro sobre suas estratégias.
“A princípio, não muda nada [a declaração de Bolsonaro]. Numa modelagem em que cabe mais de uma candidatura nas chapas majoritárias, seguimos trabalhando para ser candidato ao Senado dentro deste guarda-chuva partidário”, disse Guto Silva. Ex-secretário da Casa Civil do governo Ratinho Junior, o deputado estadual deixou o governo e trocou o PSD pelo PP (do líder de Bolsnaro na Câmara, Ricardo Barros) como estratégia eleitoral visando a disputa para o Senado. O PP acredita que permitindo mais candidaturas ao Senado, Ratinho Junior amplia sua aliança e evita trazer para o Paraná o tom plebiscitário da eleição nacional. Guto Silva afirmou não ter um plano B caso acabe preterido. “É Senado ou casa”.
Vice-líder de Jair Bolsonaro na Câmara, Aline Sleutjes afirmou que manterá sua pré-candidatura mesmo se tiver que disputar com um candidato do partido do presidente e apoiado pelo presidente. “Já esperava essa declaração. É uma questão partidária. Ele está tendo que fazer isso em vários estados, mesmo quando o candidato mais fiel a ele não é do partido dele. Quando lancei minha pré-candidatura, avisei que não sabia se teria o apoio do presidente, mas deixei claro que jamais deixarei de apoiá-lo. Não vamos rachar por causa disso, o presidente tem o direito de fazer sua escolha, mas quem vai decidir é o eleitor, e meu nome seguirá como opção na urna”, disse. “O presidente nunca me pediu para desistir e não acredito que fará isso. Seguirei em pré-campanha, pela direita, pelos conservadores, pelo agro, pelas igrejas”, afirmou, dizendo que o Pros não tem, até o momento, inclinação para apoiar nenhum pré-candidato a governador.
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