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A saída, onde está a saída?
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A prefeitura de Curitiba colocou na rua campanha que faz um apelo à população: “Eu deixo o carro em casa”. E, sob a foto de um cidadão sorridente, a dica “Recicle suas atitudes”.
Natureza Morta acha que tal iniciativa chegou um pouco tarde. Por conta própria, o cidadão já vem tentando seguir o conselho, posto que dirigir no trânsito da capital está cada vez mais infernal. Ou impraticável.
As ruas não comportam o número de veículos. A frota não para de crescer (inclusive, vem aí o tal de ônibus híbrido). E o problema tem se agravado pela maciça presença de caminhões e mais caminhões a serviço de construtoras (é o boom imobiliário, ou o bumm! como prefere Beronha).

Caminhões, caminhões

Vive-se um drama. Sem esquecer dos caminhões de entrega de mercadorias em bares, restaurantes, supermercados e botecos. Nos botecos, vive-se o drama da falta de reposição dos estoques de cerveja nos prazos combinados.
Diz o solitário da Vila Piroquinha que, quando acaba “o precioso líquido”, a distinta clientela fica irritada e, os proprietários, temem uma onda de represálias.
– Represálias? Linchamento incluso? Quer saber Beronha.

Loucura diária

Um rápido exemplo da balbúrdia está no trecho do cruzamento da rua Rocha Pombo com a avenida João Gualberto e a Campos Sales, no Juvevê. Na curta e estreita quadra, da João Gualberto até a Campos Sales, pintaram novas faixas para veículos. Eram duas apenas, já que o espaço é limitado. Agora são três. Mais parecem carreiros do que pistas de rolamento.
Haja perícia ao volante – ou malabarismo sobre rodas – para não ficar entalado. Nos horários de pico, a loucura transborda – e sobra também para os pedestres.
Há quem diga que, com três veículos lado a lado, não cabe mais nada, nem sinal de seta indicando a intenção de dobrar à esquerda.
Não falta vontade de deixar o carro em casa. E sorrir. O problema é construir heliporto (ou heliponto) no quintal. Ou conseguir se locomover de asa delta.

Pensamento beronhístico

A última do nosso anti-herói de plantão:
– Cada um tem o bar que merece. Há quem prefira salão de beleza.

ENQUANTO ISSO…


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