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Afinal, o melhor remédio
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Há humor e humores. Na fisiologia, substância orgânica líquida ou semilíquida. No cotidiano, a capacidade de ser palhaço, palhaço no melhor sentido, percebendo ou expressando o que é cômico ou divertido. A “aula” é do professor Afronsius, no dedo de prosa com Natureza Morta e Beronha, junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha.
Segundo Natureza, com um leve sopro de maldade, uma aula só possível depois de breves incursões ao Aurélio.
Tudo isso para derrubar os comentários de que é um rabugento, ranzinza, um mal-humorado de plantão permanente.
– Nada disso. Tenho humor de sobra, pois carrego os dois tipos…

Mata a cobra e mostra a revista

Diante do alto grau de dúvida de Natureza e Beronha (“não senti firmeza”), o vizinho de cerca (viva) foi em frente, ou melhor, voltou para casa. Lá, sacou de seus alfarrábios “provas documentais” e retornou.
– Vejam só: quem, se não um bem-humorado cidadão, guardaria um tesouro desses? – e exibiu um exemplar da Grande Hotel, 1953.
Depois de explicar que não comprou a revista, mas recebeu de herança de seus pais, apontou para uma charge (que, aliás, não era chamada de charge na época).

O segredo da felicidade

Já que, amarfanhada pelo tempo, a página talvez dificultasse a leitura, tinha à mão uma cópia do diálogo. Natureza e Beronha trataram de conferir o desenho:


– Conseguiram ler?
– Eu não… – confessou Beronha.
– Então olhe para o desenho novamente e ouça, com a grafia atualizada:
– Ouviste? O nosso amigo Belmiro encontrou a paz de uma vez por todas?
– Coitado! De que morreu?
– Não morreu coisa nenhuma; a sogra dele voltou a casar.
Isto posto, Natureza e Beronha, para não irritar o professor Afronsius, simularam boas gargalhadas e trataram de sair de fininho.
– Como dizia a Seleões, rir é o melhor remédio, mas o bom-humor do professor Afronsius está sujeito a apagão a qualquer momento…

ENQUANTO ISSO…


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