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Ao bode o que é do bode
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Recente adepto do beisebol americano, esporte que descobriu graças a dicas e lições do Flávio Stege Júnior, o underdog do Luzitano com Z, um amigo do professor Afronsius foi além da comemoração do título conquistado pelo Chicago Cubs, no dia 3. Quebrando, pasmem, uma maldição de 108 anos na fila de espera da Major League Baseball (MLB). Daí a bronca:

– Espero uma retratação!

E explicou a cobrança: a Carta Capital, ao noticiar o feito do Cubs, citou a maldição da cabra, atribuída a um torcedor. Entre cabra e bode existe uma tremenda diferença.

– Mesmo não sendo da Sociedade Protetora dos Animais, espero uma nota da redação corrigindo o erro na próxima edição da revista. A maldição é do bode.

Como se sabe, o título da World Series da MLB veio com uma vitória fora de casa por 8 a 7, fechando a série por 4 a 3 – O Cleveland Indians havia aberto vantagem de 3 a 1, mas o Chicago Cubs conseguiu vencer as três últimas partidas. Tornou-se o quinto na história da MLB a reverter uma série decisiva da World Series na qual perdia por 3 a 1. Os outros foram New York Yankees (1958), Detroit Tigers (1968), Pittsburgh Pirates (1979) e Kansas City Royals (1985).

Uma praga com ingresso pago

Sobre o bode e a maldição: corria o ano de 1945. Billy Sianis, um imigrante grego torcedor da equipe, foi ao Wrigley Field levando o seu bode de estimação. Comprou dois ingressos, para ele e para o bicho, por supuesto. É, o bode não entrou de ratão. Mas, como o cheiro do animal teria incomodado outros torcedores, acabaram expulsos do estádio, ele e o bode. Daí o Billy, que ficaria conhecido como Billy the goat, ter rogado a praga: o time de Chicago jamais voltaria a ganhar um título. E vieram décadas de sofrimento confirmando a praga/profecia do irado torcedor, que, afinal, tinha pago dois ingressos – e não foi barrado na entrada do estádio, nem ele nem o bode.

No filme, provocação de torcedor

A maldição do bode (não da cabra) impulsionou até Hollywood: em 1989 era lançado o filme De Volta Para o Futuro II, de Robert Zemeckis. O personagem Marty McFly (Michael J. Fox), que viajava no tempo, chega a outubro de 2015 e constata que o Chicago Cubs havia, finalmente, conquistado o título da World Series. Detalhe: na elaboração do roteiro estava previsto que seria citado um time de beisebol. Um dos produtores, torcedor do Cardinals, não perdeu a chance e tratou de cutucar o adversário.

De qualquer forma, o filme errou por pouco. Em 2015, o time empacou novamente na decisão da Liga Nacional – derrota para o New York Mets -, mas, neste ano de 2016, a ficção do cinema virou realidade. The end, ou happy end, até porque 1 ano de atraso é quase zero quando se refere a uma expectativa de mais de um século.

ENQUANTO ISSO…

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