• Carregando...
Apertem os cintos e boa sorte
| Foto:

Se voar é com os pássaros, viajar dirigindo o próprio carro não é com Natureza. Não que lhe falte senso de direção, mas é que existe uma certa incompatibilidade entre o motorista e as estradas brasileiras. Das poucas vezes em que se aventurou a incursões, mesmo a locais bem próximos, caso de São Luiz do Purunã, para almoçar com o amigo Carlos Solera e o Casto, no Panela Velha, perdeu-se vergonhosamente. E logo depois de passar pelo Parque Barigui.
Recurso: pedir ajuda à Polícia Rodoviária. Na última aventura, o atencioso guarda sorriu e apontou com o dedo. “É logo ali, entrando à direita”.

Olho nas vacas

Segundo Beronha, o maior problema foi quando o solitário da Vila Piroquinha dirigiu pelo interiorzão.
Ao parar um cidadão, na beira da estrada, quis saber onde ficava a entrada para Pato Branco. Resposta: “O senhor segue em frente e, na terceira vaca à direita, entra às esquerda”…
O nosso anti-herói jura que é verdade. Tão verdade como o pedido de Natureza, após conhecer Pato Branco. Na volta, teria dito:
– Enterrem meu coração na curva do rio. Ligeiro.
Beronha ignora, é claro, mas o amigo estava sacramentando uma jura de amor pela cidade do Sudoeste. E homenageava, por tabela, o livro de Dee Brown “Enterrem Meu Coração na Curva do Rio”. Quanto ao “Ligeiro”, não era sinal de pressa. O rio que banha o perímetro urbano de Pato Branco é o Ligeiro.
Mas, para dar o troco, Natureza contou que, certa feita, como gosta de frisar, Beronha pegou seu velho Opala – o também chamado Trovão Azul – e tratou de pôr o pé no acelerado e o rodado na estrada. Seria uma tremenda aventura.
Na saída de Curitiba, mais precisamente no trevo do Atuba, parou no acostamento. E começou a perguntar:
– Por favor… Onde fica a saída para Barbalha?
Barbalha dista 2.279 km de Curitiba. Fica no Ceará.

ENQUANTO ISSO…


0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]