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As cigarras de Brasília
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Nada de novo em Brasília. Pelo menos quanto à natureza e meio-ambiente. Basta ver as cigarras, que ampliam seu espaço e já estão em toda cidade, não mais confinadas ao Plano Piloto. Enquanto em Curitiba a instabilidade do tempo dá o tom, lá as cigarras marcam sua presença pelo canto. Canto? Segundo alguns, ruído infernal. É uma, ou mais uma, característica da capital federal.

Haja ouvido

Retornando de breve estada em Brasília, professor Afronsius contou que o inseto pressentindo tempestade, boca na boca no trombone. Mais, pelo que leu em jornais de lá, apenas quando a umidade do ar fica mais elevada e há água, ele, o inseto, se reproduz. E é nesse momento que as cigarras adultas cantam. O canto da cigarra tem o objetivo de atrair o parceiro.

Segundo entrevista de Cristiane Pujol, professora de Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília (UCB), concedida ao Correio Braziliense, “o barulho estridente é do macho. A fêmea canta mais baixo. Como a fase adulta dura muito pouco, aproximadamente dois meses, a cigarra copula, bota os ovos e depois tanto o macho quanto a fêmea morrem”.

Pelo menos 10 tipos de cigarras

A capital parece ser o lugar preferido das cigarras. “Pesquisadores encontraram mais de 10 tipos de cigarra no Distrito Federal. É uma particularidade da cidade, há uma diversidade muito grande”, disse a bióloga. “O Plano Piloto é arborizado, o que facilita a aparição de insetos. Então vem esse barulho que chega a ser insuportável. Em outras cidades não tem tanta cigarra. É uma característica muito particular.”

– Artrópodes são animais invertebrados, caracterizados por corpo segmentado, membros locomotores articulados em número par e exoesqueleto quitinoso. Crustáceos, insetos, diplópodes, quilópodes e aracnídeos são as principais classes componentes.

As cigarras produzem o som bastante estridente, chegando a atingir 120 decibéis facilmente (as mais robustas), mas, algumas de menor porte, cantam com tamanha agudez que o som não é percebido pelo ouvido humano. Entretanto, cachorros e outros animais uivam de dor quando captam esse canto.

– Também por isso, o cabôco de Curitiba fica meio zonzo no Planalto Central – arrematou professor Afronsius.

Que, ao lado de Natureza Morta e Beronha, desejou bom ano novo a todos.

– Voltaremos no dia 6 de janeiro. Afinal, ninguém é de ferro, muito menos eu – acrescentou nosso anti-herói de plantão.

Até lá.

ENQUANTO ISSO…

28 dezembro

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