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Bangue-bangue à moda soviética
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Embora tenha assistido The Great Train Robbery (O Grande Roubo do Trem), de Edwin S. Porter, mas, por supuesto, não no ano de seu lançamento (o filme é de 1903), professor Afronsius, fã de cinema (“bons tempos do Cine de Arte Riviera, no antigo Cine Santa Maria, em Curitiba”), confessa não conhecer nenhum faroeste soviético. Isso mesmo, bangue-bangue da então União Soviética. Mas, como viver é perigoso em todos os sentidos, surgiu a oportunidade.

O Faroeste Vermelho

Nosso amigo arrumou as malas e se mandou para o Rio de Janeiro, onde, até domingo, na Caixa Cultural, temos uma mostra retrospectiva com 17 filmes produzidos no século 20 por países bloco soviético com as mesmas características do western, isso mesmo, western, para muitos críticos o cinema norte-americano por excelência.

A mostra O Faroeste Vermelho, organizada com a colaboração do Festival Internacional de Roterdã, na Holanda, reúne produções soviéticas da Mosfilm, da DEFA, estúdio da extinta Alemanha Oriental, e de outros países do leste europeu, como Hungria e a então Tchecoslováquia, e da Ásia Central, conforme matéria assinada por Paulo Virgílio, na Agência Brasil. Ainda da matéria:

– Embora influenciados pelo western, esses filmes faziam uma inversão ideológica das figuras do cowboy do velho oeste e do indígena. É o caso de O Sol Branco do Deserto, de Vladimir Motyl, produção de 1969, em que o mocinho é um soldado soviético no leste europeu, e Os Filhos da Grande Ursa , de Josef Mach (Alemanha Oriental, 1966), no qual o índio é apresentado como protagonista da luta contra o imperialismo.

A mostra mereceu também belo registro da revista Carta Capital desta semana, texto de Rosane Pavam.

Tiroteios aventurosos

De acordo com um dos curadores, Pedro Henrique Ferreira, “não imaginamos uma produção mais popular quando pensamos em arte soviética de modo geral. São bangue-bangues aventurosos, que lembram filmes americanos e italianos. Eles tinham uma plena consciência do que acontecia cinematograficamente no resto do mundo”.

Os ingressos custam R$ 2 a inteira e R$ 1 a meia-entrada. A Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro do Rio.

Beronha, intrigado, quis saber:

– O ingresso é baratinho. Tem segunda sessão?

ENQUANTO ISSO…

 

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