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Bate o bumbo, Sinfrônio
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São muitos, não apenas Natureza Morta e o fotógrafo José Adair Gomercindo, o lépido Gogô. Estamos falando de quem nutre profunda e imorredoura paixão pelas bandas marciais. Começando, é claro, pelas nossas bandas, a da Polícia Militar, do 20.° RI e da antiga EOEIG, com “sede” no Bacacheri.
Beronha quer entrar no papo.
– Eu também gosto, principalmente daquela banda… a banda, ah! A Banda, do Chico Buarque…
Retomando a conversa, o solitário da Vila Piroquinha confessa que, como não sabe nem bater em caixa de fósforos para tirar um sambinha, curte uma (saudável) inveja dos músicos. De ontem e de hoje.

E tem ainda os fuzileiros

Falar de banda exige citar – e bater continência – à Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais. Perfeita em tudo, inclusive nas simétricas e criativas evoluções. É, de certo modo, a nossa Esquadrilha da Fumaça, só que dá show em terra, no chão.
A Banda de Fuzileiros Navais tem seu aquartelamento – aquartelamento? essa é só para lembrar os tempos de caserna – na Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, baía de Guanabara. Uma construção de 1736.
Considerada, sem favor nenhum, uma das maiores bandas marciais do mundo, a dos fuzileiros se distingue por muitas coisas.
Inclusive pelo uso de gaitas de fole escocesas. Presente, aliás, da rainha da Inglaterra para o “Saint Louis”, cruzador da marinha americana. Em 1951, quando foi incorporado à marinha do Brasil, recebeu o nome de “Tamandaré”.
E a tripulação que desembarcava presenteou a banda com 16 gaitas escocesas, em agradecimento ao Corpo de Fuzileiros Navais, que hastearia no navio a bandeira brasileira.

Lá vem o Exército Vermelho

Importante também é que as bandas sempre atraíram e cativaram o brasileiro e, assim, estimulam até hoje a formação de fanfarras escolares, mantendo sempre forte a tradição.
Mas, antes que Natureza Morta colocasse na radiola o bolachão com gravações da Banda e Coro do Exército Soviético, sob a regência do coronel Boris Alexandrov, uma gravação da Odeon, Beronha se mandou.
Cantarolando “Bate o Bumbo Sinfrônio”, sem saber, é claro, que se trata de um baião de Humberto Teixeira, grande sucesso nos anos 1950, até pela ajuda que teve da chanchada “Aviso aos Navegantes”.
Quem não integra ou integrou uma banda marcial, caso dele e muitos outros, fica feliz mesmo tocando bumbo sozinho.

ENQUANTO ISSO…


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