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Crises – passadas e presentes
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A situação lá pelas bandas do euro continua uma zona. Ao ler que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considerou que o risco de moratória pelo nível das dívidas soberanas ameaça levar a uma grande depressão, Natureza Morta voltou a 1929.
-Pôxa… você já tinha nascido? – quis saber Beronha.
O solitário da Vila Piroquinha fez que não ouviu. Foi à biblioteca e voltou com alguns livros, que, aliás, também não existiam naquela época.

Ascensão e queda

No início do século XX, contou, os Estados Unidos viviam uma fase de prosperidade, mas, partir de 1925, economia começou a claudicar. Segundo historiadores, o aumento da produção não acompanhou o aumento dos salários. E a mecanização gerava muito desemprego.
Os países europeus, grandes compradores dos EUA, porém ainda lutavam para reerguer suas economias, após a 1.ª Guerra Mundial. Na falta de consumidores, a crise da superprodução. Para armazenar os cereais, os produtores pegavam empréstimos e acabavam perdendo suas terras. As indústrias, por sua vez, reduziam a produção e dispensavam trabalhadores.
Não demorou e o mercado de ações entrou na dança. A Bolsa de Nova Iorque foi para o buraco. Era o crash. Estima-se que 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego.

Efeito colateral

No Brasil, como informa a seção Achados&Perdidos, a vaca também começou a ir pro brejo no início da década de 1930. Havia superprodução de café, o forte de nossa economia, para vender para quem? Em 1933 foi criado o Departamento Nacional do Café, centralizando toda a política do setor. Para enfrentar a superprodução, promoveu a queima de sacas de café excedentes e a erradicação de cafezais.
No ano seguinte, o ministro Oswaldo Aranha, da Fazenda, conseguiu estender os prazos para o pagamento da dívida externa e foram criadas condições para a implantação e o desenvolvimento industrial.
Deu certo: entre 1933 e 1939, a taxa de crescimento pulou para 11,2% – entre 1929 e 1932 tinha sido de 1%. Mas o equilíbrio orçamentário das finanças públicas só foi alcançado entre 1935 e 1936. Era o começo da recuperação da economia.
Hoje, com a globalização, uma crise econômica pode ser arrasadora para quem não agir rapidamente, cuidando de seu quintal.
Afinal, como disse John Foster Dulles, secretário de Estado na década de 1950, “os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses”.
Natureza recorreu a um outro personagem:
– Uma mão lava a outra, como dizia maldosamente o capitão Gancho.

ENQUANTO ISSO…


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