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Da brasa (tio) ao bravo Zippo
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No meu tempo, motorista barbeiro era identificado de longe. Dirigia com a luz (interna) acesa, inclusive de dia. A informação de Natureza Morta procede. Hoje, e ele lamenta, fica difícil descobrir à primeira vista quem é bom de boleia e quem é meia roda. Mas vamos tocando, até porque as coisas mudaram de maneira radical. E parece que não há jeito de reverter a situação, fazendo uma conversão à direita (epa!)
Sobre os velhos tempos, o solitário da mansão da Vila Piroquinha contou que certo dia foi parado na rua por um sujeito ainda novo.
– Tem brasa, tio?
Queria acender o cigarro. Natureza meteu a mão na algibeira e, prontamente, ofereceu o reluzente Zippo que o acompanha há muito tempo. NM não é fumante, mas carrega o isqueiro só para socorrer os necessitados. O sujeito se embananou todo, como diria Beronha. Não sabia abrir o Zippo. Era da geração Bic, o descartável. Natureza retomou o isqueiro prateado e, clic, com o barulhinho metálico inconfundível, acendeu o pito do atônito cidadão.

Viagem na história

Não foi possível desvendar para o fumante o enigma do estranho objeto, mas ele agradeceu a brasa e bateu em retirada, apressadamente. Natureza gostaria de explicar que Zippo é um isqueiro recarregável fabricado pela Zippo Manufacturing Company há quase 80 anos.
Ao contrário dos isqueiros (de plástico) usa e joga fora, o Zippo é recarregados com fluido líquido – hidrocarboneto isoparafínico sintético.
Beronha, espantado: “Heinn? Isoparafí o quê?”
Famoso por ser à prova de vento, o Zippo foi inicialmente de uso exclusivo, destinado às tropas norte-americanas na 2.ª Guerra Mundial — integravam o kit de sobrevivência – e, depois, aos soldados que estavam no Vietnã.
O clique alto virou marca. Tanto que, conforme me contou o jornalista Irinêo Baptista Netto, patentearam o som, isso mesmo, o tal barulhinho. Para usá-lo em filmes, só pagando direito autoral. E como deve custar caro (como colecionar zippos), em muitos filmes o isqueiro ficou mudo. Perdeu o charme.
Em tempo: o Zippo do Natureza tem número de série e foi fabricado em Bradford, Pensilvânia.
Beronha tratou de anotar o número. Para uma fezinha no bicho das 18 horas, de preferência quarta-feira, quando a Loteria Federal fornece o resultado para a contravenção.

ENQUANTO ISSO…


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